domingo, outubro 19, 2003
Enquanto oiço "Living Room" dos Belle Chase Hotel...
...são tardes como a de hoje que me fazem estremecer.
...
A leitosa alvura do céu contrasta com o sentimento que envolve o mundo...
...sentimento esse que É escuro, negro, tenebroso, real...
...de repente, como uma bofetada de luva branca, tomamos consciência que o sol se escondeu, sussurrando com desdém "adeus, até para o ano", levando com ele todas as cores e aguarelas que pintaram este Verão, a alegria que acordava com a aurora...
...fechado a sete chaves nas teias do tempo, ficou aquele teu sorriso... aquele teu olhar em que tantas vezes me perdi, onde mergulhava sem medo e com paixão, onde tantas vezes me descobri... ainda hoje fecho os olhos para te lembrar outra vez, para te recordar outra vez, não como tu és, mas sim como me lembro de ti...
...e falo assim contigo; sao segundos em que faço de conta que nada mudou, e que tudo continua grande e bonito, lindo e bonito,
tu
tu
tu eu
....eu
....eu nós... e sinto assim de novo as palavras que trocámos, os momentos que passaram e foram só nossos, trilho de novo, sem mudar nada, os passos que demos juntos, de mão dada, invencíveis e cegos pela luz para onde caminhávamos sem pressas, nós tínhamos todo o tempo do mundo...
...o amor que nos movia, esse ainda arde cá dentro...
...ferida de onde brotam certezas e questões, que derrama por todo o meu ser...
...ele não esquece...
...Aii... um suspiro às vezes vale mais que mil palavras!
Será que... ainda te lembras?
Ainda te lembras como me cantaste... e cativaste... e sentiste que nesse momento eu era a pessoa mais feliz de sempre (que era...)... ou quando adormeceste nos meus braços, e o "Bairro do Amor" ressoava, não para eles, mas só para nós... o Mondego sorriu nesse momento, ele estava a olhar para nós... e mesmo com toda a sua beleza, eu não olhava para ele... via-te a ti... naquele momento a tua fachada de pessoa normal sucumbira, e enquanto sonhavas eu via-te como és realmente... um anjo, caído do céu, a razão pela qual as estrelas choram de saudade e a lua morre de inveja...
...devolveste-me a vida que eu julgava perdida...que eu nem sabia existir...
...e a noite cai. E com ela a minha libertação.
Assinei o último capítulo. Fechei o livro e lançei-o nas trevas.
Enquanto ele se dissolve, também eu me perco e (finalmente!a esperança dói tanto!) assumo o papel que me impõem e que teimava em não cumprir. Deixo que a sombra se abata sobre mim, agora eu sou a sombra, agora eu sou a alvura desse céu, agora eu sou Yin e eu sou Yang, SIM, agora faço parte daquele céu, da noite que cai, agora EU sou a chuva que trespassa, que rasga sem pudor, que não lava a alma, antes a corrói...
...resigno-me a esta pérfida condição e enclausuro-me na minha dor...
Amo-te. Sempre te amei. E nunca deixarei de te amar.
Obrigado meu doce anjo...
Dorme bem agora...
...
A leitosa alvura do céu contrasta com o sentimento que envolve o mundo...
...sentimento esse que É escuro, negro, tenebroso, real...
...de repente, como uma bofetada de luva branca, tomamos consciência que o sol se escondeu, sussurrando com desdém "adeus, até para o ano", levando com ele todas as cores e aguarelas que pintaram este Verão, a alegria que acordava com a aurora...
...fechado a sete chaves nas teias do tempo, ficou aquele teu sorriso... aquele teu olhar em que tantas vezes me perdi, onde mergulhava sem medo e com paixão, onde tantas vezes me descobri... ainda hoje fecho os olhos para te lembrar outra vez, para te recordar outra vez, não como tu és, mas sim como me lembro de ti...
...e falo assim contigo; sao segundos em que faço de conta que nada mudou, e que tudo continua grande e bonito, lindo e bonito,
tu
tu
tu eu
....eu
....eu nós... e sinto assim de novo as palavras que trocámos, os momentos que passaram e foram só nossos, trilho de novo, sem mudar nada, os passos que demos juntos, de mão dada, invencíveis e cegos pela luz para onde caminhávamos sem pressas, nós tínhamos todo o tempo do mundo...
...o amor que nos movia, esse ainda arde cá dentro...
...ferida de onde brotam certezas e questões, que derrama por todo o meu ser...
...ele não esquece...
...Aii... um suspiro às vezes vale mais que mil palavras!
Será que... ainda te lembras?
Ainda te lembras como me cantaste... e cativaste... e sentiste que nesse momento eu era a pessoa mais feliz de sempre (que era...)... ou quando adormeceste nos meus braços, e o "Bairro do Amor" ressoava, não para eles, mas só para nós... o Mondego sorriu nesse momento, ele estava a olhar para nós... e mesmo com toda a sua beleza, eu não olhava para ele... via-te a ti... naquele momento a tua fachada de pessoa normal sucumbira, e enquanto sonhavas eu via-te como és realmente... um anjo, caído do céu, a razão pela qual as estrelas choram de saudade e a lua morre de inveja...
...devolveste-me a vida que eu julgava perdida...que eu nem sabia existir...
...e a noite cai. E com ela a minha libertação.
Assinei o último capítulo. Fechei o livro e lançei-o nas trevas.
Enquanto ele se dissolve, também eu me perco e (finalmente!a esperança dói tanto!) assumo o papel que me impõem e que teimava em não cumprir. Deixo que a sombra se abata sobre mim, agora eu sou a sombra, agora eu sou a alvura desse céu, agora eu sou Yin e eu sou Yang, SIM, agora faço parte daquele céu, da noite que cai, agora EU sou a chuva que trespassa, que rasga sem pudor, que não lava a alma, antes a corrói...
...resigno-me a esta pérfida condição e enclausuro-me na minha dor...
Amo-te. Sempre te amei. E nunca deixarei de te amar.
Obrigado meu doce anjo...
Dorme bem agora...
