quarta-feira, março 31, 2004

Nesta cidade

À noite a cidade ganha contornos de mulher.

Dr. Strange Love

-Diga lá Dr., é grave?
-Lamento informá-lo que sim... está apaixonado.

segunda-feira, março 29, 2004

Infelizmente hoje não vou poder servir mais

Mais um começo de semana, mais um dia em que se contam pelos dedos de uma mão os minutos que passo em casa. Venho num pé a casa buscar roupa e material de estudo, saio noutro, espera-me uma longa noite de trabalho. 6 minutos (afinal já são pelos dedos de duas mãos). Até amanhã...

A outra face do Mal

Umas horas antes da hora que nunca existiu, conheci, de uma só vez, o André, a Filipa, o PC e a Sofia. Parcos seriam os adjectivos a atribuir a cada um deles, e à situação em si. Assim, resta-me dizer, que de entre todos os momentos em que as horas deixam de existir (e para onde foi o tempo perdido?), felizmente aquele momento foi numa hora que o Homem permite que exista, e que o Tempo manteve e manterá.

(por outras palavra, sois todos mui simpáticos, e que mais encontros daqueles se proporcionem!)

(actualização -> PC aqui e aqui)

Lua (em todo o seu esplendor)



(e agora, além de noutros sítios, também no meu quarto)

"Será que ficam todos assim?"

Descobri por acaso este blog... o título faz-me lembrar qualquer coisa... não é, Tininha?

#3



Ontem e hoje... sempre e para sempre. Nós.

Educação Sentimental (ou não)

Por muito bem educados sentimentalmente que pensemos estar, nada é mais rápido e mortal, contudente ou acutilante, que uma mulher. Frágil ou dominadora, aparentemente frágil ou aparentemente dominadora, não há nenhuma que não faça jus à expressão "a Mulher quer, a mulher sonha, a obra nasce". Musas, anjos, demónios, prenúncios da perdição ou bocadinhos de salvação. Capazes de nos levar ao mais fundo dos Sete de Dante, ou de percorrem a nosso lado e de mão dada os Jardins da Babilónia (suspensos nós e eles!). A mulher. Sem tirar nem pôr. Mães e prostitutas. A mulher.

Amo-te?

Almejo dizer-te as palavras que te proibi de dizer. Sinto-as às vezes, um mais que tudo. Perde-se no tempo, re-ganho-o noutras situações. Proibira-me a mim mesmo, também. Se quando se o sente, é desde sempre e para sempre, poderei estar agora a senti-las? O que é isto que não sendo desde sempre e para sempre, se assemelha tão bem? Amo-te?

(que se revejam os dicionários e sentimentos institucionalizados! faltam lá palavras, e não se reneguem nem ostracizem os sentimentos marginais que todos sentimos mas não sabemos definir!)

Ondas cerebrais

Hoje sinto-me mal, sinto que não presto, sinto que não sou nada.

Mais um dia igual aos outros.

sábado, março 27, 2004

Sousa Bastos Vivo JÁ



Hoje é o Dia Mundial do Teatro. E que bom seria ouvir declamada a mensagem da dramaturga egípica Fathia El Assal, no Sousa Bastos!

Como seria analisado o pós-atentado?

(texto retirado, com a devida vénia, à Rata Maluka)

E o pós-atentado? Já todas sabemos que os gajos gostam de ficar com os louros para eles! Até fazem curtas metragens para se vangloriarem, mas... e quando vissem os nossos comentadores sagrados a julgar a situação? Aqui fica o prognóstico:

MRSousa – Nesta situação, a oposição não tomou a melhor decisão e grande parte da culpa foi deles! Aproveito até para vos recomendar um livro que li ontem antes do jantar, ‘avisorroc adreuqse A’, de Ibrahim Al-Sharrafo, que mostra isso mesmo!

MMCarrilho – Foi grave. É grave. E com este PS não vai melhorar. Tenho pena. Muita pena. O que é grave. Muito grave.

MSTavares – De facto os acessos aos local do atentado são péssimos. Estes nossos políticos acham que os atentados são só as explosões e os mortos, não se preocuparam, nem preocupam com os acessos! E a falta de ventiladores nos hospitais? Uma vergonha! E o penalty sobre o Deco?

Cavaco Silva – É de facto preocupante pensar que há por aí uns tipos a quererem-nos pressionar, mas não vou de facto dizer se sou ou não candidato!

MMGuedes – Boa noite. Terrível. Bombástico. Alarmante. Destruidor. Uma notícia TVI. A D.Genoveva gasta 400€ em medicação por mês e ganha 357€ de reforma. Terrível! E como se não bastasse umas explosões sentidas na cidade abriram brechas na sua humilde casa.

Nuno Rogeiro – Os explosivos usados foram os Kitza-57 de fabrico malaio. Foram detonados por via móvel, através de um Sagem 600, com dual band e toques polifónicos. Na altura da explosão ouvia-se no celular os sons de ‘As portas de Brandenburg’, mais precisamente o décimo quarto compasso. É um procedimento tipicamente usado pelas ‘bordadeiras de Alá’.

Rata Maluka – Com mil raios, tinham mesmo explosivos a passar do prazo de validade!

Este é o verdadeiro Qéqilo!?

(texto retirado do Causa Nossa)

Um "clown" na Casa Branca

Como estava distraído, pensei, a princípio, que fosse um sósia do Presidente Bush representando uma paródia demolidora à farsa das armas de destruição maciça. Não faltavam sequer “slides” mostrando Bush – ou o que me pareceu ser apenas um sósia dele – a vasculhar o gabinete oval em busca das ditas armas. Mas não. As imagens que ontem se viram nos telejornais eram de Bush “himself” num espectáculo de circo para alegria das claques. Eram de Bush num número burlesco, algures entre os irmãos Marx e as guerras do Solnado.

Já se sabia que na Casa Branca mora um irresponsável perigoso. Ficámos agora a saber que aí reside também um “clown” que se diverte à custa da sua irresponsabilidade, como uma criança traquinas a quem tivesse sido oferecido um brinquedo mortífero. Nem os próprios mortos americanos na frente de batalha merecem ao actual Presidente dos Estados Unidos um motivo de contenção e pesar. Como o dr. Strangelove de Kubrick, ele brinca com as guerras e o caos no mundo, parodiando-se a si mesmo e reduzindo a invasão do Iraque a uma comédia para entreter os basbaques. Enquanto cresce a ameaça terrorista – que a cegueira da Administração americana favoreceu em vez de combater frontalmente – o Presidente “clown” diverte-se com arrepiantes requintes de obscenidade. Eis ao que chegámos.

Seria interessante saber o que pensam disto os nossos filobushistas domésticos, em especial aqueles ex-esquerdistas que se converteram ao messianismo neo-conservador (Pacheco Pereira, José Manuel Fernandes, José António Lima, João Carlos Espada, Maria de Fátima Bonifácio, entre tantos outros, sem esquecer o ex-maoista Durão Barroso). Que dirão deste espectáculo quase demencial de euforia burlesca, eles que se mostram tão graves, solenes e compungidos a justificar a teia de mentiras que forneceram o pretexto inicial para a invasão do Iraque? Afinal, Bush é coerente consigo mesmo: transforma a tragédia em farsa com a ligeireza de quem tem o poder de mudar os géneros dramáticos ao sabor dos seus caprichos de imperador inimputável. No fim de contas, Nero não pegou fogo a Roma apenas para divertir-se?

Vicente Jorge Silva

!!

Espero que te tenhas dado ao trabalho de ler o último post, rapaz.

Ou se eu pusesse aqui um petição contra a ideia do Bush de ir contra o Tratado de Quioto também te indignavas com algo do tipo "quem é que quer saber de um punhado de árvores que vão ser abatidas ou dos gases nocivos que vamos mandar em excesso para a atmosfera, se podemos assim produzir mais e melhor?"

Tenho pena que tenhas ficado chocado com esta petição. Realmente... quem é que quer saber da fauna e flora que iriam desaparecer? Ou dos irremediáveis estragos que iriam ser provocados? Sim, porque os habitantes das margens do rio Sabor iriam ter electricidade!!... hey... espera aí... se a barragem for construída não vão haver habitantes nas marges do rio Sabor porque estas vão ser submersas... hmmm... pois.

(já agora, naquela zona do país já há electricidade)

ESKINADO:

O rio Sabor é considerado o último rio selvagem de Portugal devido à ausência de barragens ao longo dos mais de 120 km do seu percurso através de Trás-os-Montes, ao isolamento do seu vale e à grande diversidade de habitats naturais e espécies que aí ocorrem. Contudo, paira sobre este santuário natural o peso da possível decisão de construção de uma grande barragem no seu troço inferior, que submergirá cerca de 50% da extensão nacional do rio.

As razões para impedirmos este verdadeira catástrofe ambiental são:

1 – O Baixo Sabor possui um valor ecológico único e insubstituível. Nesta área ocorre uma flora e vegetação de características ímpares em Portugal, onde se destacam as particulares comunidades associadas aos leitos de cheias. No vale do Sabor surgem também os mais extensos e bem conservados azinhais e sobreirais de Trás-os-Montes, e a presença de substratos calcários e ultrabásicos permite a ocorrência de um elevado número de endemismos. Esta área apresenta ainda uma elevada diversidade de habitats (20 incluídos na Directiva Habitats, dos quais 3 são considerados de conservação prioritária). A importância desta área é atestada pela qualificação de parte do seu troço na Rede Natura 2000.

Ao longo do rio Sabor ocorre uma importante comunidade de aves rupícolas, donde se destaca a presença de espécies como a águia de Bonelli, a águia-real, o abutre do Egipto e a cegonha-preta, facto que motivou a sua inclusão numa Zona de Protecção Especial (ZPE) e numa IBA (Important Bird Area, BirdLife International).

O Vale do Sabor constitui um importante refúgio e corredor ecológico para uma comunidade faunística muito diversificada, onde se salientam espécies como o lobo, o corço, o gato-bravo, a toupeira-de-água e a lontra, e representa o principal local de desova e alevinagem da comunidade piscícola de uma vasta área (desde o Sabor até à albufeira da Valeira no Douro).

O rio Sabor é um dos últimos rios não represados e é provavelmente aquele que se encontra mais próximo do estado natural em Portugal, constituindo o último reduto de um território outrora fértil em rios e paisagens notáveis.

2 – As grandes barragens apresentam impactos demasiado elevados e irreversíveis (e.g. destruição de ecossistemas de grande valor, extinção e redução substancial de espécies de peixes migradores e residentes, respectivamente, contaminação das reservas de água, retenção de sedimentos e nutrientes, etc.), e têm um tempo de vida útil baixo (em média entre 50 e 70 anos), pelo que devem ser evitadas a todo o custo.

3 – Deve ser urgententemente definido e implementado um plano energético nacional que identifique as necessidades do país e proponha um conjunto abrangente de alternativas de produção e gestão energética a médio prazo, abandonando de vez a opção por obras de carácter pontual e pouco relevantes no contexto nacional (a energia produzida por esta barragem contribuiria – na melhor das expectativas - apenas com 0,6% da energia consumida em Portugal!).

Deve ser dada prioridade total à implantação de políticas de incentivo à eficiência energética (Portugal é um dos países com menor eficiência energética de toda a União Europeia!) e às energias renováveis que não contemplem grandes obras hidroeléctricas. É também necessário começar a actuar ao nível da gestão procura de energia, abandonando-se a denominada gestão da oferta, uma vez que aquela é reconhecidamente a que melhor se enquadra numa lógica de desenvolvimento sustentável.

4 – Uma genuína adopção dos princípios subjacentes ao protocolo de Quioto exige que a diminuição da emissão de CO2 em Portugal seja conseguida através da adopção de um conjunto de medidas custo-eficazes já estudadas ao nível da indústria, transportes e habitação, do incentivo às energias renováveis (nomeadamente solar e eólica), à economia de energia e à expansão da rede eléctrica, evitando-se recorrer à construção de novas grandes barragens.

5 – A importância natural do vale do rio Sabor justifica amplamente a sua classificação como área protegida de interesse nacional. Além disso, numa conjuntura internacional cada vez mais favorável a um desenvolvimento local e regional integrado, respeitando e valorizando todas as valências do território, as paisagens únicas deste vale, a sua rica fauna e flora, as excelentes condições do rio para a prática de desportos de águas bravas e o património histórico e cultural associado, constituem recursos valiosos para um turismo de contacto com a natureza e para uma aposta inovadora e inteligente no desenvolvimento sustentável.

Pelo contrário, a construção da barragem do Baixo Sabor significa a destruição irreversível de culturas prioritárias, como o vale de Felgar – uma das zonas mais férteis de toda a província de Trás-os-Montes – onde se produz anualmente cerca de 60.000 litros de azeite de elevada qualidade, e importantes valores naturais e culturais da região, promovendo o abandono progressivo dos territórios rurais, bem exemplificado na vizinha barragem do Pocinho, cuja povoação se encontra em estado de quase abandono e bastante deteriorada.

BOM DIA BLOGOESFERA!!

Têm visto o bom dia miami?!? Muito engraçado! E só falo dele porque foi o que inspirou para este titulo mais que original! Pronto, não estou a dizer nada de jeito, mas na realidade qual foi o dia em que eu disse alguma coisa de jeito?

Mas é esta a beleza de um blog, é dizer "nada de jeito" e saber que existem outras pessoas a lerem o que escrevemos e a darem nem que seja 1 minuto dos seus dias só para nós!

Mas pus-me a pensar, quem é que na realidade nos vê? Aqueles que conseguem um computador com accesso à internet! Certo?

Mas hoje enquanto visitava os recantos da "A TASCA", pois já cá não vinha há muito tempo fico chocado com coisas que vejo!

Qual foi o mal que os habitantes das margens do rio Sabor nos fizeram para nós os querermos privar de ver o nosso blog? Porque é que nós, Gerência da tasca, estamos contra a construção de uma barragem que iria trazer uma coisa tão simples que rodeia as nossas vidas, a electricidade!

Por amor de deus, mas quem é que quer saber de um rio selvagem com 120km! Ganhamos o quê com isso? Um prémio do Guiness?

A Fonte dos Desejos Contra-Ataca


A Fonte dos Desejos - O Regresso


A Fonte dos Desejos


Ser homem é...

...sentir a dor física de uma bolada nos tomates;

...a tortura de ter que usar fato e gravata no Verão (esta é pior que a bolada nos tomates);

...o suplício de fazer a barba todos os dias;

...o desespero das cuecas apertadas;

...a loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien;

...a loucura que é resistir a olhar para as pernas, se se tratar de uma mini-saia curta;

...ir à praia e resistir a olhar para aquele mulherão deitado ao seu lado;

...viver sob o permanente risco de ter que entrar numa briga;

...vigiar o grelhador no churrasco aos fins de semana, enquanto todos se divertem;

...ter sempre de resolver os problemas do carro;

...ter de reparar na roupa nova dela;

...ter de reparar que ela mudou de perfume;

...ter de reparar que ela trocou a tintura do cabelo de Imedia 713 para 731 louro bege;

...ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja somente 1cm;

...ter de jamais reparar que ela tem um pouco de celulite;

...ter de jamais dizer que ela engordou, mesmo que isto seja a mais pura verdade;

...trabalhar "pra car*lho" em prol de uma família que reclama que você trabalha "pra car*lho"!;

...desviar os olhos do decote da secretária, que se faz de distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo;

...ter a obrigação de ser um atleta sexual;

...ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos;

...ouvir um NÃO, virar conformado para o lado e dormir, apesar da vontade de partir o quarto todo e fazer um escândalo;

...parar para almoçar no domingo na casa dos sogros, discutir política com aquele velho reacionário, tratar bem os sobrinhos e controlar-se para não olhar para o decote da irmã dela, não dar na cara do irmão dela, sacana do caraças, que veio pedir dinheiro emprestado outra vez.

Depois elas ainda acham que é fácil, só porque nós NÃO MENSTRUAMOS!!!

É hoje...

...que das duas, uma: ou organizo os links da "A Tasca", ou então faço a barba!

(mais logo veremos que decisão tomei)

Somos tão intelectuais, nós

Continuo a achar que muitos dos problemas do mundo se poderiam resolver se as pessoas lessem o "Imposturas Intelectuais" de Sokal e Bricmont; é que vivemos numa sociedade marcada pela linguagem e pela metalinguagem, ou seja, para além de muita gente falar e não fazer nada, há quem fale e não faça nada, mas com uma linguagem tão erudita e eclética como imperceptível, tanto para os outros como para eles próprios. E o mais preocupante é que quando se pertence a este último caso, ganha-se num instante o epíteto de "génio" e/ou "sumidade no assunto".

(voltarei mais tarde a Sokal)

Jantar em família

Não costumava dar grande importância ao costume da "refeição em família". Um costume, um hábito, que sempre me parecera sobrevalorizado e demasiado imposto, ao qual não dava a mínima importância. Mas nos últimos tempos, em que são cada vez mais raros os momentos que passo em casa, e quase tão raras as noites consecutivas na minha cama, tenho tomado consciência da falta que o jantar em família me faz.

A primeira vez que reparei nisso foi quando, numa tarde destas, depois de uma noite inteira a tratar do texto de um comunicado que teria obrigatoriamente de estar pronto antes da conferência de imprensa da manhã seguinte, me sentei nas cantinas com um grupo de amigos, para almoçar. A certa altura parei de comer, olhei para eles, e emocionei-me brutalmente, ao que tive de responder, perante a incredulidade estampada na cara deles, que já não me lembrava da última vez em que tinha comido uma refeição "cozinhada", daquelas que se comem de garfo e faca, quentes, e em que posso estar descansado e sentado enquanto a saboreio. Mas, mais importante, era o estar acompanhado por alguém, durante a refeição.

A partir daí, sempre que posso e arranjo dez minutos de intervalo entre duas actividades distintas, vou ter com a minha mãe ao trabalho. Às vezes pedir dinheiro para as fotocópias, outras vezes para dizer um olá, outras para dizer a nota de uma cadeira, mas sempre, e sempre mesmo, para estar um bocadinho com ela. Para lhe dizer, em silêncio, que a amo acima de tudo, e que me custa muito vê-la tão esporadicamente (e eu moro na mesma casa que ela!).

Agora tento sempre ir jantar a casa. E irrita-me profundamente quando comem sem mim, quando não esperam um quarto de hora, porque me atrasei a entregar os papéis ou tive de ajudar na organização daquele simpósio na minha faculdade. Quando jantamos juntos fico muito melhor. Mais feliz, mais alegre. Levo sempre toneladas de novidades para contar, mas parece que nunca me querem ouvir. Isso irrita-me. Irrita-me que nestes escassos momentos de comunhão, deixem de me ligar porque naquele preciso instante é mais importante saber se o meu irmão quer só arroz, ou prefere arroz e batatas. Que "são decisões que têm de ser tomadas no momento" dizem eles (os meus pais). E eu fico piúrço. Quantos pais e mães se indignam porque os filhos não contam nada e se fecham, e não gostam de estar com eles? Eu amo os meus pais, eu quero imenso estar com eles, e quero contar-lhes cada bocadinho interessante da minha vida académica, e eles não me ligam.

Custa. Mas enfim. É quando o meu irmão decide que afinal quer puré, e eles nem sequer se lembram que me estavam a ouvir (estariam?) há 15 segundos atrás, que eu fecho a boca e me resigno, só voltando a abrir para enfiar o garfo com arroz. Mas de cada vez que olho para eles fico feliz mais um bocadinho, porque é muito bom comer com quem amamos.

Alguns dos porquês de não aparecer nem nas aulas, nem em casa, nem de ter tempo para mais ninguém que não pessoal envolvido nos mesmos projectos

- Concluir da fundação da Tuna da faculdade
- Prosseguir com o trabalho no Grupo de Trabalho do MSES
- Preparação do projecto de sensibilização e recolha de dados sobre sexualidade e abusos sexuais no ensino superior, em parceria com o CAJ
- Delineação do programa e calendário das explicações de "introdução à filosofia", com vista ao exame dos explicandos
- Congressos, acções de sensibilização/informação/formação, simpósios e jornadas
- Conclusão dos textos do Sokal para a revista de epistemologia, envio e impressão da apreciação dos textos de Nuno Crato
- Preparação e concretização da semana cultural de homenagem ao 17 de Abril de 69 e ao 25 de Abril de 74
- Preparação do inquérito sobre os mitos da sexualidade
- Início, desenvolvimento e conclusão do Portfolio de TOE
- Apoio ao nível do GAAPCE e NEEPCE
- Jornadas do estudante do ensino superior, em Lisboa
- Treinos e torneio

(faltam as alíneas em cada tópico, mas pode ser que isto me vá lembrando do que tenho de ir fazendo, que anda complicado... ninguém me oferece uma agenda?)

Flagrantes da vida real #3

Por falar em professor, há situações pelas quais nunca ninguém deve passar.

Ora bem, há uns dias fui almoçar ao Quim dos Ossos, célebre tasca cá de Coimbra, elevada agora a ponto de passagem obrigatório para qualquer turista. E verdade seja dita, com muita justiça, a comida além de barata, é em grande quantidade e qualidade. E, como em qualquer tasca que se preze, não pode faltar o tinto para acompanhar a refeição. E enquanto comia uma deliciosa carne de porco à alentejana, bebia um famosérrimo vinho "Souzellas" (reparem no pormenor do "z" e do duplo "l").

Como é óbvio, eu e o meu amigo bebemos um bocado demais, e as respectivas bexigas começaram a clamar por misericórdia. Isto por altura da nossa chegada à faculdade.

No momento em que caminhávamos em direcção à casa de banho, eis que surge, diante de nós, um dos mais conceituados professores daquela faculdade. Dirigia-se precisamente à mesma casa de banho que nós. Arriscámos.

E que experiência traumatizante; ainda estavam os urinóis a distância considerável, já o inatingível professor estava a baixar as armas, e a falar connosco de modo cordial e informal, enquanto deixava escapar para fora o falo. Sim, foi muito esquisito. Nunca pensei estar num urinol lado a lado com um professor, o que valeu foi que o meu amigo que também participava na amena cavaqueira e, porque não dizê-lo, "mijaneira", não entrou em jogos de "engraxamento" e de considerável aumento do desnível da situação, como por exemplo, o ditar de certas frases na onda do "Que belo instrumento tem aí, professor doutor!".

O homem entretanto saíu da casa de banho, e comentei com o meu amigo que nunca na vida me tinha acontecido algo igual, e que provavelmente iria precisar de acompanhamento e tratamento, isto se não fôssemos gozados pelos nossos colegas que estavam à porta da casa de banho, a cumprimentar o professor com um solene aperto de mão. Ao que ele respondeu que quem se ia rir éramos nós. O professor não tinha lavado as mãos. (por isso é que não fui fazer a frequência dele, mal por mal prefiro fazer um exame sujo do que duas frequências sujas!)

Flagrantes da vida real #2

E os restaurantes chineses? Estes podem ser fundo de pano para as mais surreais refeições. Uma vez descobri que o gerente de um restaurante chinês cá em Coimbra, daqueles restaurantes bem escondidinhos numa ruela impossível de localizar num mapa normal, era professor catedrático e uma das maiores personalidades no seu campo, e que inclusivé já tinha presidido a diversas conferências em grandes centros como Paris. E que de um momento para o outro decidira deixar tudo e vir morar para um pacato país (Portugal), desconhecido para ele até então... estranho, no mínimo...

Mas o mais interessante é a comida em si. Sei de fontes seguras que as cozinhas dos restaurantes chineses primam pela porcaria e pelo excesso de gordura. É óptimo saber isto. Principalmente quando se passa mais de metade da refeição a tentar descodificar o que raio está no prato, e porque é que a comida se mexe de vez em quando.

Temos depois a bebida. Ninguém pode dizer que tenha vivido até passar pela experiência de pedir um Trinaranjus de laranja num restaurante chinês. Até porque (outra característica dos restaurantes chineses) os empregados nunca percebem à primeira o que queremos. "Um Tlinalanjus de lalanja?"

E há também a questão do português. Reparem: "Tem Ice Tea?" "Sim, temos"; no entanto, se perguntarem "Ice Tea, tem?", já somos brindados com um "Não, não, Ice Tea Tem não há, mas há Ice Tea Limão, Ice Tea Pêssego..."

Flagrantes da vida real #1

Tenho uma amiga, daquelas "punk-psicadélicas-dreads-góticas-heavy metal heads". Toda de pretinho, com apetência para toda aquela inestética conduta do pintar a cara de branco até ao limite do socialmente aceitável e o uso de coleiras como símbolo de afirmação pessoal (isto é rigorosamente verdade, uma vez ofereci-lhe uma coleira de gato e ela adorou).

Um acessório que ela não prescindia, era a corrente. Uma corrente de metal, que usava à volta do pescoço, bem enroladinha. Um dia destes, combinou-se um jantar, e pediu-se a todos que "caprichassem" na apresentação, que se arranjassem o melhor possível.

E na noite do jantar, enquanto uns tinham vestido os melhores fatos, e outras tinham vestido os melhores vestidos, ela apareceu como sempre, de preto, cara branca e lábios carnudos a vermelho, corrente a preceito. E quando lhe perguntaram onde é que ela se tinha arranjado melhor, ela orgulhosamente sorriu... ostentava uma corrente, com um cadeado!!

Cruz

O defesa lateral benfiquista Cruz, titular do Benfica nas quatro finais da Taça dos Campeões que o clube jogou na década de 60, é protagonista de uma série de aventuras que se integram perfeitamente na dimensão pós-modernista do nosso futebol.

Reza a história que um dia Cruz foi apanhado por Bela Guttmann a pernoitar fora do lar dos jogadores, onde os solteiros eram obrigados a dormir até à data do casamento. Impossibilitado de negar o delito, o jogador logo arranjou uma desculpa: tinha o pai muito doente e internado no hospital e tinha sido por isso que passara a noite fora.

A Velha Raposa não se desmanchou e disse que ia mandar averiguar. Foi aí que Cruz teve de arranjar uma manobra de diversão: pegou no pai e levou-o imediatamente para o hospital, de modo a que quando o funcionário do Benfica lá chegasse, a sua versão da história não fosse desmentida. E a justiça poética da história é que foi graças a essa ida ao hospital que o pai do futebolista viu diagnosticada uma doença grave.

Spring Time



Life can be... so... special. See the sun outhere, it's laughing with me!

Inteligência artificial

Não sei porquê, mas por acaso resolvi procurar, no Google, a palavra "estupido". Fui parar à biografia do primeiro ministro Durão Barroso...

(isto é verídico, experimentem)

Meus amigos

A "A Tasca" anda muito descuidada, e pedimos (nós, Gerência) desculpa pelo incómodo -não que incomode muita gente, mas gostamos de pensar que não falamos sozinhos. Não é que continue a dormir (Margarete), mas o facto é que tenho acordado muito cedo e às vezes passam-se dias em que nem meto os pés em casa, de tanta coisa para fazer (ao contrário dos outros membros da Gerência que estão de licença sabática -não autorizada- há quase um mês). Também não é que me queixe, ando a trabalhar na minha formação e sinto-me totalmente útil à sociedade em geral e aos meus próximos em particular, mas em contrapartida dormir, amigos e blog, nem vê-los.

Esperemos que isto melhore.

Rodadas para todos!!

sexta-feira, março 26, 2004

Petição: Por um rio Sabor sem barragens!

Por um rio Sabor sem barragens!

http://www.ipetitions.com/campaigns/saborlivre/

A Plataforma Sabor Livre lançou uma petição online "por um rio Sabor sem barragens", dirigida ao Primeiro Ministro, Durão Barroso e ao Ministro do Ambiente, Amílcar Theias. Conheça as razões da Plataforma e subscreva a petição aqui.

O rio Sabor é considerado o último rio selvagem de Portugal devido à ausência de barragens ao longo dos mais de 120 km do seu percurso através de Trás-os-Montes, ao isolamento do seu vale e à grande diversidade de habitats naturais e espécies que aí ocorrem. Contudo, paira sobre este santuário natural o peso da possível decisão de construção de uma grande barragem no seu troço inferior, que submergirá cerca de 50% da extensão nacional do rio.

A Plataforma Sabor Livre é constituída pelas associações QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza, Liga para a Protecção da Natureza (LPN), Fundo para a Protecção dos Animais Selvagens (FAPAS), Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (Geota), Associação OLHO VIVO e Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

Este movimento conta ainda com o apoio de: Environmental Defense e ADEGA, ADP Mértola, Água Triangular, ALDEIA, Amigos da Montanha, ANATA, A Rocha, Associação Vento Norte, Campo Aberto, CEAI, CEEA, Crepúsculos, Euronatura, FEG, GAIA, Grupo Flamingo, Molima, NEPA, Oikos, Projecto Palhota Viva.

http://www.ipetitions.com/campaigns/saborlivre/

Por um rio Sabor sem barragens!

Boa noite!

Tenho imensas coisas para escrever, mas este é o primeiro dia desde há muito tempo em que chego a casa a uma hora minimamente decente, para poder ir dormir. A todos os clientes, hoje a "A Tasca" fecha mais cedo. Je suis estoirado!!

Jamiroo

Mulher e Deus

Um dia, uma dona de casa procurava gravetos para o fogão a lenha, a fim de fazer o almoço para sua família, cortando o galho de uma árvore já tombada do lado de um rio, quando o seu machado caíu dentro do rio.

A mulher suplica a Deus, que lhe aparece e pergunta:
"Por que estás a chorar?"

A mulher responde que seu machado tinha caído no rio.

E Deus entra no rio do qual tira um machado de ouro e pergunta:
"É este o teu machado?"

A nobre mulher responde:
"Não, Deus, não é esse."

Deus entra novamente no rio e desta vez tira um machado de prata:
"E este é teu?"

"Também não", respondeu a dona de casa.

Deus volta ao rio e tira um machado de madeira e pergunta:
"É este o teu machado?"

"Sim!", responde a nobilíssima mulher. Deus estava contente com a sinceridade da mulher, e mandou-a de volta para casa dando-lhe os 3 machados de presente. Um dia, a mulher e o seu amantíssimo marido estavam a passear pelos campos quando ele tropeçou e caíu no rio. A infeliz mulher, então, suplica a Deus que aparece e pergunta:

"Mulher, por que estás a chorar?"

A mulher responde que seu esposo caíra no rio, e imediatamente Deus mergulha e tira o "Bonzão da novela das 8" do rio, e pergunta:

"É este o teu marido?"

"Sim! Sim!", responde a mulher, e Deus enfurece-se.

"Mulher mentirosa!!!", exclama.

Mas a mulher rapidamente se explica:
"Deus, me perdoe, foi um mal entendido. Se eu dissesse que não, então o Senhor tiraria o Rodrigo Santoro do rio, depois se eu dissesse que não era ele, o Senhor tiraria o meu marido, e quando eu dissesse "sim" o Senhor mandaria eu ficar com os 3. Mas eu sou uma humilde mulher e não poderia cometer trigamia... só por isso eu disse 'sim' para o primeiro deles." E Deus achou justo, e perdoou-a.

Moral da história:
Mulher mente de um jeito que até Deus acredita!

quinta-feira, março 25, 2004

A verdadeira mensagem da Al Qaeda acerca de Portugal

"Por Alá
Aconselhamos todos os filhos de Maomé a não tentarem qualquer atentado em Portugal. É um país complicado. Uma acção nossa dificilmente traria algum proveito para a nossa Sagrada Causa.

1 - Nenhum atentado por nós tentado teria resultados mais espectaculares no congestionamento do tráfego ferroviário do que aquele conseguido pela própria CP.

2 - É difícil planear um atentado em comboios e autocarros. Nunca se consegue saber a que horas passam nem sequer os dias em que circulam, devido às greves constantes.

3 - A reivindicação do atentado seria de uma inutilidade extrema. A oposição portuguesa iria imediatamente culpar o ministro da Administração Interna, o secretário de Estado dos Transportes e as empresas transportadoras. Qualquer alegação da nossa parte seria recebida com desdém pelo Bloco de Esquerda. "Al-Qaeda? 'Teja calado, caralho. 'Tá-se me'mo a ver c'a culpa é dos cabrões das empresas capitalistas e do governo que lhes apara o jogo. Fazem tudo para poupar uns trocos. Isto é de certeza uns motores mal amanhados que compraram na Coreia do Sul, de uma fábrica que deixou aqui centenas no desemprego. É o que lhe digo, amigo, a globalização fode isto tudo. Al-Qaeda... Tenha juízo,
pazinho."

4 - Alertamos também para a dificuldade de organizar uma acção como a de Madrid.
Em Portugal, mal um de vocês deixasse uma mochila no comboio, logo um simpático português correria atrás de vocês a gritar "Ó chefe, chefe, esqueceu-se do seu saco, amigo." E depois pensaria para si mesmo: "Sacana do monhé ainda faz má cara. Vem um gajo aqui de manhãzinha, descansadinho da vida e ainda tem de ser criado desta estrangeirada
toda."

5 - Não será fácil mobiliar o povo contra a presença de tropas portuguesas no Iraque. Os portugueses, Pelas informações que obtivemos, gostariam que TODA a GNR - principalmente uma tal BT - estivesse destacada no Iraque ou em qualquer lugar bem longe do país.

6 - A detonação por telemóvel é também bastante desaconselhável. Devido à quantidade de telemóveis em território português, existe o perigo real dos explosivos rebentarem em alturas menos próprias com algum dos constantes toques que se fazem ouvir a toda a hora e em qualquer lugar.

7 - Também gostaríamos de alertar para o perigo real da presença de jornalistas da televisão no local dos
atentados a perguntar às pessoas o que sentem depois de terem ficado sem uma perna, com a cara desfeita ou partidos em dois. Ao pé dessa gente, a AQ é um bando de organizadores de festas de salão. Procurem mas é outro sítio, que esse já está suficientemente rebentado. "


quarta-feira, março 24, 2004

A minha vida vai ser andar trajado....

Sabem uma coisa? Querem mesmo saber?! Ou não vos interessa nada?
Quer queiram saber quer não eu digo-vos:

EU ADORO SER UM ESTUDANTE DE COIMBRA.

EU ADORO O TRAJE ACADÉMICO.

EU ADORO A VIDA A ACADÉMICA.

EU ADORO COIMBRA.

The return..

Depois de muito tempo sem cá aparecer, devido a problemas pessoais (entre mim e a garrafa), voltei ao meu local de trabalho. Não é que interesse a ninguém, mas de qualquer maneira achei de bom tom dizer! É claro que juntamente comigo vieram também umas remessas de vinhos à borla, para quem quiser!

Lua

À tarde, a serenata do costume, no jardim de sempre. Acima das aulas, do almoço, da fome, acima de tudo, a Lua. Que amo tantoooo.

;)

Momentito

Hoje não foi nenhum bilhetinho a dizer "Sorri!", para uma desconhecida. Foi um bocado mais elaborado, e para alguém que conheço muito bem... às vezes sabemos que temos razão nas discussões; outras sabemos que não temos, e ainda há uma terceira hipótese em que, independentemente do lugar da Razão, não queremos discutir mais.

Ontem a discussão tinha sido bera. Ruim, mesmo. E eu hoje só queria saber como pedir desculpa. E o que fazer quando as palavras não querem sair da boca?

Escrevem-se. E peguei numa t-shirt branca, num marcador grosso preto, e escrevi naquela letra que tu tanto gostas, o poema "XXIX". Por baixo, um "adoro-te" e um "desculpas-me?". Chamei-te à parte, para o nosso sítio (e quando estamos juntos, todo o "sítio" é o "nosso sítio"), despi a camisola vermelha, e mostrei-te o que sou. Um monte de ideias, mais ou menos explícitas, mais ou menos bonitas, mais ou menos esborratadas, mais ou menos fáceis de entender, mas todas, todinhas, para ti.

In illo tempore (e neste também!)

Amo o espírito académico. Gosto de respirar a juventude e o carisma do estudante de Coimbra enquanto percorro as ruas e ruelas da Alta de Coimbra, quando me sento numa tasca, quando entro na faculdade, quando vejo Capas Negras, quando ressoam os acordes da guitarra. Gosto de acreditar que certas coisas só acontecem em Coimbra. E que outras, embora também possam acontecer noutros lados, aqui têm mais significado e mais probabilidade de acontecerem.

terça-feira, março 23, 2004

A real tasca!

Caros clientes, regresso a esta casa depois de algum tempo de ausência devido a falta de paciência para trabalhar (neste caso, escrever). Ameaçado de que ia ficar sem salário, resolvi voltar a este belo estabelecimento.

Hoje fui jantar a uma verdadeira tasca. Uma taberna, melhor dizendo. Aquilo sim, era uma tasca à antiga! Um homem de barbas a atender (provavelmente o dono) com o filho a ajudar. Jarros de vinho sempre a sair do balcão para fora. Uma boa cambada de velhos a ver o futebol, discutindo em alto e bom tom e bebendo o seu copinho de vinho acompanhado de um qualquer aperitivo. Cerveja, só os mais novos, na casa dos 40 ou 50.

- A casa de banho? Onde é?
- Está a ver aquela porta? Puxe e ande para a esquerda. É lá mesmo ao fundo!

Entrei na porta que nem parecia lá estar e dei com uma enorme dose de vinho. Estava na arrecadação da taberna. Lá vi uma luz ao fundo que seria a casa de banho. E era mesmo. Uma torneira daquelas das mangueiras dos jardins mas toda ferrugenta e que aberta deitava água para todo o lado menos para baixo. Nem arrisquei em ver o resto. Lavei as mãos e lá fui para a mesa, para o meu banquinho de três pernas.

A comida... Muito boa! Sem dúvida! E barata!! Mas faltava qualquer coisa para aquilo parecer a verdadeira tasca ou taberna. Esta sensação continuava a imperar em mim eis senão quando entram dois PSP's, com uma grande barriga e bigode, claro, a pedir o seu copito de vinho para verem o futebol! Estava assim completo o ambiente de tasca!

Paguei, agradeci e vim-me embora satisfeito por saber que a tradição...

... ainda é o que era!


Meus caros clientes, os melhores cumprimentos e voltem sempre!

eheh

Tão bem que o meu ex-ex-sogro falou hoje no Jornal da 2!

turum pxi

Depois de terem levado com três rockets em cima, nunca a expressão "restos mortais" foi dita com um sentido tão literal.

Deixa lá ver se aprendi

o mar
o imenso azul
fazem perder num segundo
horas infinitas do amor
por ti


Está bom Alexandre? ;)

(é que eu nestas andanças do escrever sou um nabo... tantas palavras, credo!)

Media

Já agora, e visto que estou numa maratona non-stop de posts... hoje estive numa conferência de imprensa. E à medida que vou assistindo e participando, in loco, a conferências de imprensa e entrevistas, mais me assusto com os media. Não sei se o problema é só nosso, portugueses, se "lá fora" a situação é igual, ou se até estamos muito bem. Mas o facto é que nunca, ou quase nunca, o que é dito pelos entrevistados corresponde ao que sai na imprensa. Porquê? Débil capacidade de síntese e/ou fraca aptidão para recolher palavras e expressões-chave? Imposições estatais? Institucionais? Parcialidade do jornalista/editor?

Ao fim e ao cabo, defeito ou feitio?

O LOL do mês

Ora aqui está um daqueles pormenores deliciosos.

Entro no Carta de Amor. E reza o primeiro texto, "Onde Estás?", da seguinte maneira:

"Tudo seria mais fácil se a vida fosse como um livro do Wally. Temos a certeza que ele está lá, que mais tarde ou mais cedo o vamos encontar. Mas, e a ti, como é que eu te vou encontrar?"

Comentário do Hiv, que reside no Mijatório: "epah eu normalmente enquanto não encontro o wally, vou-me divertindo com as bengalas, óculos e carapuços que encontro pela página... :D"

XXIX

Sabes tão bem como este poema é para ti, meu amor...

Adoro-te Lua :)

(e desculpa ter-me esquecido do nosso "aniversário", dia 20)

Qéqilo?

Caramba, e à medida que vou lendo o Terras do Nunca, de baixo para cima (que eu gosto de ler os posts por ordem), um post do JMF a fazer referência ao texto no Aviz, sobre a Maria João Pires... Juro que não é plágio (quanto muito, um bom gosto mútuo ;) ).

segunda-feira, março 22, 2004

Ainda Belgais...

Pelos vistos não fui só eu que me indignei, também o JMF, do Terras do Nunca e aqui, reparou naquilo.

Eu bi um sapo

Se há lição de vida que eu aprendi e se aplica a tudo, seja esta uma educação sentimental, moral, cívica ou do que fôr, é que há sapos que se têm mesmo de engolir.

No entanto, há sapos tão grandes, que das duas uma: ou saltam mesmo depois de engolidos, ou nunca chegam a ser engolidos!

Maria João Pires no País dos Matraquilhos II

Por exemplo, não compreendo este comentário do FNV, no Mar Salgado. Se o cheque fosse o habitual, de certeza que a opinião de Maria João Pires sobre a postura do Estado em relação à cultura não era diferente da opinião que ela expressou no El Pais. Mas de certeza que ninguém do El Pais ia ficar surpreso por se estar a financiar um projecto da envergadura do Belgais. Agora, por não se estar a financiar, isso sim é algo de espantar. As perguntas fizeram-se, ela respondeu.

Recomendo, por outro lado, a leitura deste texto, do FJV, no Aviz.

Maria João Pires no País dos Matraquilhos

Faz-me muita impressão o celeuma em volta da entrevista da Maria João Pires ao El Pais, sobre o projecto de Belgais e a falta de apoio e de palavra de Estado e privados; pela simples razão que há assuntos tão óbvios que me parecem absurdos os caminhos para onde se leva a discussão.

O que é que se passa afinal? Há um projecto. Há um investimento pessoal. Há falta de investimento do Estado. E contrariando aquilo que muitos classificam como o "triste fado português" do laisser-faire, Maria João Pires vai ali ao lado e arranja capital para investir. De caminho, alguém do lado de lá da fronteira fica incrédulo com tal situação, e entrevista Maria João Pires sobre o que afinal se passa no "país do Euro 2004". Queriam que ela dissesse o quê? "Sim, sim, gosto muito da atitude de Portugal em relação à cultura, o Estado apoia imenso, eu vim pedir dinheiro emprestado a Espanha apenas porque gosto muito de caramelos e aproveito e levo uns quantos lá para casa". CLARO que ela vai denunciar o que se passa aqui; porque entre a sombra dos grandes estádios também existem projectos para serem levados a sério. E se quisermos ser mais abrangentes, não só no plano da cultura, como no plano da saúde e da educação.

Como o Blog mudou a minha vida - Estados de espírito, sorte e azar

Antes do blog, se eu passasse ao lado de um belo jardim florido, era certo e sabido que por avaria técnica do sistema de rega, o dito cujo inexplicavelmente começaria a funcionar, molhando tudo ao seu redor, nomeadamente a minha pessoa. Eu ficava lixado, molhado e ninguém queria saber disso para nada.

Agora, quando eu passo ao lado de um belo jardim florido, continuo a ser molhado, continuo a ficar lixado, e continua a tradição de ninguém querer saber disso para nada. Contudo, escrevo isso no blog.

Como o Blog mudou a minha vida - Qualidade de vida II

Antes do blog, eu bebia muito. Apanhava grandes narças, e chegava muito tarde a casa, deitando-me de madrugada, acordando tarde e perdendo o resto do dia.

Agora, não bebo. A saudade do blog faz-me voltar para casa antes de pegar num copo que seja. Chego cedo a casa, sento-me, escrevo posts, deito-me de madrugada, acordo tarde, perco o resto do dia.

Como o Blog mudou a minha vida - Qualidade de vida

Antes do blog, eu era um alcoólico anónimo. Agora sou um alcoólico com username.

Como o Blog mudou a minha vida - Admoestações

Agora quando alguém me quer repreender, nomeadamente PAI, no meio da admoestação surge, invariavelmente, a palavra "blog".

Do género,

Pai: Não queres falar mais alto? Contar a toda a gente?
Eu: Mas, mas, mas...
Pai: Já agora põe no blog!

Como o Blog mudou a minha vida - Confissões

O sexo feminino evitava-me.

Eu bem tentava. Com o que estava ao meu alcance, claro.

Afinal de contas, eu nem era muito feio. Não era musculado, mas ao menos não era gordo. Tentava ser simpático, um bom amigo, sincero, honesto e íntegro; era amigo das artes, ia todas as semanas ao cinema, ao teatro, ouvir poesia e a concertos, fazia teatro e recitava poesia, escrevia poemas, escrevia música e tocava-a, inventava mil e uma surpresas românticas, comprava flores, segurava a porta para passarem primeiro, era bem educado, bebia socialmente, não dizia palavrões, aprendi a cozinhar e não as deixava fazer nada que eu pudesse fazer por elas. Praticava desporto, jogava bem quando elas viam, dedicava golos e vestia um equipamento preto com a glória dos anos e com o número 10. As mães adoravam-me e os pais ainda mais. Apareci na televisão, jantei com o Presidente da República, em directo do Palácio de Belém para o resto do país. Participei num debate na rtp sobre a SIDA, fui presidente temporário da associação de estudantes da minha escola, estive na direcção da mesma. Trabalhei num programa semanal na rádio, cheguei a fazer um livro, do nada, para oferecer, viajava quilómetros de comboio se fosse preciso só para fazer aquela surpresa (que às vezes era só um jogo de basket), tirava boas notas, tinha cultura. Ia ao ginásio. Oferecia prendas caras. Pagava sempre tudo.

Mas nada de nada. Cada vez mais evitável.

...

Agora sou charmoso e irresistível... tenho um blog!

Fairy Tales

Hoje, em frente ao Chimico, um par de sapatos de senhora.

Uma Cinderela dos tempos modernos?

No meu tempo

No meu tempo, as pessoas quando combinavam algum encontro, iam a esse encontro. Só faltavam ou só se atrasavam numa última instância, daquelas que surgem de repente e não há meio de a evitar e/ou suavizar. No meu tempo, quando queríamos pedir um favor, quando queríamos dizer a alguém o quanto sentimos a falta dela, quando queríamos só perguntar "como estás?", quando queríamos olhar nos olhos, quando queríamos estar junto, nada era mais fácil e lógico do que ir ter efectivamente com a pessoa em questão. No meu tempo, escreviam-se cartas, de amor, de saudade, de ódio, de amizade.

Depois surgiu o telemóvel.

E o telemóvel, para além de todos os defeitos e virtudes que tem, fez algo a todos nós que já é irreversível. Desresponsabilizou-nos. De todo. Porque já não temos de fazer um esforço para ir ter com alguém a horas, nem ao sítio originalmente combinado. Manda-se uma sms e muda-se o local e a hora. Tão simples quanto isso. Onde é que está aquela vertente humana, conciliadora, de quem põe uma amizade, um encontro, uma responsabilidade, à frente de todas as outras vicissitudes da vida? Foram-se as cartas, foram-se as responsabilidades, foram-se os sentimentos.

Onde estás oh meu tempo?

Il poemazito

No dia 21 de Março celebrou-se o Dia Mundial da Poesia, e por sugestão do ClanDestino, aqui está um dos meus poemas favoritos (se é que não é o meu poema favorito).

Poema XXIX

Tu és a esperança, a madrugada.
Nasceste nas tardes de Setembro,
quando a luz é perfeita e mais doirada,
e há uma fonte crescendo no silêncio
da boca mais sombria e mais fechada.

Para ti criei palavras sem sentido,
inventei brumas, lagos densos,
e deixei no ar braços suspensos
ao encontro da luz que anda contigo.

Tu és a esperança onde deponho,
meus versos que não podem ser mais nada.
Esperança minha onde meus olhos bebem,
fundo, como quem bebe a madrugada.

Eugénio de Andrade

Il retorno

Costuma dizer-se que depois da tempestade, vem a bonança. Contudo, depois do tempo em que tive doente e, consequentemente, não consegui actualizar a "A Tasca", fiquei sem Internet, logo justifica-se desta maneira a interrupção nos posts. Tenho tido imensos trabalhos e actividades na faculdade, mas vou tentar voltar ao ritmo habitual, visto que o resto da Gerência parece estar de folga.

sábado, março 20, 2004

Obrigado obrigado

Obrigado Isadora, e obrigado Clandestino (mas olha que nem com shot's de conhaque isto lá vai). E obrigado Margarete, a canjinha estava deliciosa (a visitinha é que se quer mais regular, pode ser? ;) )

PS: Continuo doente.

"Adeamus montem, fodere putas, porribus nostrus"

Tradução:

"Vamos à montanha, plantar batatas, com nossas enxadas"

A pensar em ti... II

O mais carnal que se passara entre nós tinha sido ao nível do olhar. A tensão sexual entre nós era tanta, que nenhum arriscava um toque, por mais "pretensiosamente inocente" que fosse. Mas pelo olhar... oh quantas vezes já tinhamos rasgado insanamente a roupa um ao outro, para depois te deixares ser empalada... que violência.

Mas tudo muito platónico, claro está. Como seria possível essa gravidez?

"Trespassaste-me o coração com a tua presença. Aliás, que se foda o coração! Que nunca o tive! Mas arrancaste-me a alma, sem pedires licença deixaste-me a esvair em sangue... e nem sequer voltaste para estancar a ferida. Amaldiçoaste-me. E, enquanto doer, vou amar todos os homens, e deixá-los criar em mim o mais duro dos infernos, vou fazê-lo crescer, na esperança (que também nunca a tive) de que um dia, quando menos esperares, sofras cada bocadinho de mim que se sente assim. No entretanto já amei alguns. E sempre, sempre a pensar em ti. Não estava com eles, estava contigo. A pensar em ti. Isto que trago dentro de mim, é teu."

O jogo oficial da "A Tasca"


A pensar em ti...

Escolheste o dia. A tarde. E a hora. Sentados no terceiro banco daquele jardim por onde passam os personagens da telenovela do ex-canal de Cristo, não estava preparado para nada que me pudesses querer dizer. Mas o Sol em excesso recaía sobre nós, e eu esquecia-me novamente que ali estavas, deixava-me ficar.

"Estou grávida. De um filho teu."

#2

Agarrar-te num instante, viver contigo para sempre...

quinta-feira, março 18, 2004

Actualização do meu estado de saúde #2

Rebentou uma corda da minha guitarrazita... i had it comin', mas não fui a tempo de a salvar...
Com isto, estou cada vez mais doente. :(

Actualização do meu estado de saúde

Continuo doente.

quarta-feira, março 17, 2004

Muito importante (para a gerência)

MEUS AMIGOS ENCONTREI A NOSSA CARRINHA. Vejam aqui

Que belo começo de dia

Estou doente, com sono, irritado e incrédulo por estar a escrever tão cedo sobre a insuficiente acção social do Estado em relação ao Ensino Superior, depois aproveito e espreito a Lei de Bases aqui e dá-me uma coisinha má com tanta demagogia compilada num só documento, viro-me para um artigo no Público, com uma entrevista a Veiga Simão, e quase que caio da cadeira com tanta estupidez junta que nem sequer roça a demagogia, não passa de imbecilidade pura e raciocínio totalmente ilógico e erróneo. Caramba, oh Veiga, e eu que tive tanto gosto em estudar-te. Como é que há 30 anos defendias a democratização do ensino e agora propões medidas totalmente autoritárias e ditatoriais, num discurso que nem parece o teu? Talvez devesses voltar ao Ensino Superior, podia ser que corrigisses esse raciocínio ilógico patente ao longo da entrevista (30 anos realmente é muito tempo...) e talvez tivesses melhor consciência do que realmente se passa. Depois viro-me para a direita e dou de caras com um artigo de Nuno Crato, uma das maiores bestas da actualidade. Confesso seguidor do Discurso Pragmático na Educação, manda uns bitaites para o ar no Jornal das Letras (e é de Matemática ele), se há coisas que diz e escreve que estão correctas, há outras que, além de totalmente erradas, são tão absurdas que tiram todo o valor a tudo de bom que ele possa ter dito e poderá vir a dizer nos próximos 50 anos. Ora bolas, e quem tem visto o "Prós e Contras" sabe do que eu estou a falar. Continuo doente. Mas agora com fome. E não há comida em casa. Aargh, há dias que mais vale não sair da cama.

terça-feira, março 16, 2004

Ufa, ainda faltam 12 minutos para a meia-noite

Epah, hoje a "A Tasca" faz exactamente SEIS MESES. Citando a sempre doce e eloquente Tininha, "Já?!".

É verdade. Já.

Tururum tururum turum pxiii !

Durante a serenata à doce donzela da faculdade, aproximou-se o lente de mais uma das minhas inúmeras cadeiras. "Tocas muito bem, Elísio. Se te tivesse ouvido mais cedo estavas convidado para a Mostra Cultural".

Oportunidades destas que perdi, não se podem perder... mas é o que dá não andar sempre de instrumento na mão.

A minha guitarra, hoje

Hoje passei o dia agarradinho... à minha guitarra. Estávamos cheios de saudades um do outro. Perdemo-nos em confissões e desabafos, típicos de e em quem já não se vê há muito. Estivemos juntos no terraço da faculdade, primeiro sozinhos, diante daquela magnífica vista, com o sol a bater forte e na mais possível paz dos anjos... depois acompanhados, igualmente diante daquela magnífica vista, com o sol a bater forte e na mais possível paz dos anjos. Estivemos juntos na aula, em serenata para os amigos, em serenata para as amigas, até em serenata para o lente da cadeira, mas, em última instância, em serenata para mim e para ti, minha doce guitarra. Estivemos juntos na tasca, onde toda a gente olhou para ti. Estivemos juntos nos claustros, onde mostraste o que valias (e que belo par fazemos!). Estivemos juntos quando vi a rapariga ao fundo... desatei a correr, e deslizámos de joelhos até aos pés da dita cuja. Tocámos para ela, desta vez só para ela, ela disse-me que eu tinha boa voz (vês guitarra, não és só tu que tens jeito para a música) e corou.

Hmmm... yummi!


segunda-feira, março 15, 2004

Lost in Translation #1

O amor afinal é mesmo um lugar estranho. E acontece nos lugares mais estranhos. Mas o que se perderia na tradução do teu francês perfeito para o meu amado português, vingou na plenitude do (nosso) beijo.

Flagrantes da vida real

"Ao levar o meu filho de 9 anos à escola, perguntei-lhe em que liceu é que gostaria de andar. Ele lembrou-me de que estava apenas na quarta classe. Vendo que estava a aborrecê-lo, perguntei-lhe para que universidade gostaria de entrar. Já irritado, disse que não sabia. Um minuto depois, disse que queria fazer-me uma pergunta. Respondi que estava bem.
-Pai, em que cemitério é que gostarias de ser enterrado? - perguntou."

amo-te

Oh meu Deus, minhas amigas, não andam a ler os do Mal? Eu sei o que isso é, também já padeci dessa doença; mas aprendi que tal não pode ser: nunca se diz "amo-te" num primeiro encontro. E o que é um primeiro encontro? Um primeiro encontro são todas aquelas milhentas situações em que o que mais sentimos e desejamos dizer é "amo-te", mas não o podemos fazer. Não me digas que estar comigo é um sonho. Não me digas que queres estar comigo para sempre. Não me apresentes à tua famíllia como "o tal". Não me faças crer que te arrebatei e mudei o teu mundo. Deixa-me lutar por ti, deixa-me sentir-te inatingível, não é o fruto proibido o mais apetecido?

continua
e
quando à noite te agarras a mim,
e adormeces nos meus braços,
amo-te


Olh'ó poemita!

Atacado pela inexperiência
Pergunto a um amigo o que fazer.
Ele diz-me "Segue a tua vida,
e o teu coração há-de to dizer"

Filipe Gomes

domingo, março 14, 2004

#1

E é amar-te assim, perdidamente...

sábado, março 13, 2004

Serviço Público, outra vez

Ontem à noite li que uma das maneiras de se prevenir infecções vaginais, era comer muitos iogurtes, nomeadamente aqueles com bífidos activos. (eu sempre suspeitei que aquilo serviria para alguma coisa).

Dois "turum pxii" assim de seguida

1 - Yo Peter Jackson! Are you tolkien to me?

2 - Hoje descobri que o Vítor Baía não conduz uma carrinha Nissan cinzenta a cair de podre, estacionada ali ao pé da Biblioteca Municipal. Porque até essa tem um autocolante a dizer "Estou convocado!"

Para quem ainda não acredita!

Para aqueles que ainda não acreditam que fumar mata aconselho de viva força que visitem este site!

Liguem as vossas colunas e cliquem --------> aqui


sexta-feira, março 12, 2004

23 coisas que se deve saber numa vida

Mais uma vez, e provavelmente não a última, prestamos um serviço público de qualidade e do interesse dos nossos clientes.
A "A Tasca" orgulha-se de apresentar: "23 COISAS QUE SE DEVE SABER NUMA VIDA"!


01 - O nome completo do Pato Donald é Donald Fauntleroy Duck.

02 - Em 1997, as linhas aéreas americanas economizaram US$40.000 eliminando uma azeitona de cada salada.

03 - Uma girafa pode limpar suas próprias orelhas com a língua.

04 - Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não se lembram onde as esconderam.

05 - Comer uma maçã é mais eficiente que tomar café para se manter acordado.

06 - As formigas espreguiçam-se pela manhã quando acordam.

07 - As escovas de dentes azuis são mais usadas que as vermelhas.

08 - O porco é o único animal que se queima com o sol além do homem.

09 - Ninguém consegue lamber o próprio cotovelo, é impossível tocá-lo com a própria língua.

10 - Só um alimento não se deteriora: o mel.

11 - Os golfinhos dormem com um olho aberto.

12 - Um terço de todo o gelado vendido no mundo é de baunilha.

13 - As unhas da mão crescem aproximadamente quatro vezes mais rápido que as unhas do pé.

14 - O olho da avestruz é maior do que do seu cérebro.

15 - Os destros vivem, em média, nove anos mais que os canhotos.

16 - O "quack" de um pato não produz eco, e ninguém sabe porquê.

17 - O músculo mais potente do corpo humano é a língua.

18 - É impossível espirrar com os olhos abertos.

19 - "J" é a única letra que não aparece na tabela periódica.

20 - Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para consumo.

21 - Os chimpanzés e os golfinhos são os únicos animais capazes de se reconhecer num espelho.

22 - Rir durante o dia faz com que se durma melhor à noite.

23 - Aproximadamente 70% das pessoas que lêem este texto, tentam lamber o próprio cotovelo.


PS: Ridiculamente faço parte dos 70%...

Interrogação do dia (actualizado, é agora constatação do dia)

Se está tão errado, porque é que sabe tão bem?!

E se está tão certo, porque é que sabe tão mal?!

Porque o que está verdadeiramente certo, sabe sempre bem. E o que está errado, mal. Nunca se enganem. E tirem daqui as vossas próprias conclusões.

Water On Mars

Esta é ainda melhor que a tricana. Uma digna do Leite Night Tales!


Parabéns Sornas

Queixaste-te tanto que não pude ficar indiferente à tua dor, mas fica sabendo que o Moelas é mais do que tu, é camionista.
Pronto, aqui vai:

Parabéns Sonecas! Mais uns anitos e estás um homem feito!

quinta-feira, março 11, 2004

Instantes

Há bocado, sentado numa mesa do primeiro andar do Académico (ou seria do Tropical?). Perdido em conversa com o Heisenberg, o Sokal e o Popper, deixei-os a falar sozinhos (mais a treta da "Hermenêutica transformista da gravitação mecânica", o maior barrete enfiado da história da ciência) e olhei para a mesa ao lado. Nela estava sentada uma mulher, agarrada ao galão, com um dos mais sorumbáticos olhares de que tenho memória. Cansada? Pensativa? Triste? Fosse o que fosse, de cada vez que os meus olhos passavam pelos dela, eles estavam mortos e taciturnos. Peguei então numa folhita com publicidade a um encontro de poesia, e no verso escrevi em letras grandes "SORRI !". Assinava, "o rapaz de camisola branca da mesa do lado". E ela sorriu.

Porra! Estava a ver que ficava lá para sempre!

Como demonstração do meu desespero esta tarde, enfiado na explicação de matemática a fazer exercícios, passo-vos o que escrevi no meio dos problemas e limites que pareciam nunca mais acabar:



Quero ir embora daqui,
desaparecer deste tormento,
desta rotina de sofrimento.

Senão não sair já,
passo-me com isto!
Mais um exercício?!
Claro está!
Tenho um azar!
Até nisto...

Ai! Só quero uma cerveja!
Mais um exercício?!
Foda-se...! Seja...

©2004 sornas. All rights reserved.

In Illo Tempore II

Enfim. In Illo Tempore é também o mote das linhas que me pediste para te escrever ontem, Lua. Ontem ou hoje, sabes que serás sempre importante e inesquecível e imprescindível, uma pitra yunica, cada vez menos pitra, cada vez mais yunica. E se por um lado a minha educação sentimental (e acho que, além de atento, também tenho aprendido) já enraizada, me impediria à partida de to confessar, qualquer conhecimento só vale o que vale quando ampliado e complementado por uma sabedoria humanizante. E a nossa amizade merece. (e tu mereces que to diga várias vezes, embora depois disto nunca mais o faça, não posso renegar a minha educação;) ).

In Illo Tempore
um beijo bastava
para voar

In Illo Tempore
o amor era diferente
voava

In Illo Tempore
o tempo é
o tempo voa

Beijo? Não beijo?
Vôo? Não vôo?

"Porque é quando outros tentam chegar a Marte
que eu prefiro voar até à lua"

In Illo Tempore

In Illo Tempore é a expressão que tem marcado os meus dias. É o livro que re-leio agora (obrigado Moelas), é o nome com que se vai baptizar a mais recente tuna da Universidade de Coimbra, é o ponto de partida para o meu trabalho de Epistemologia, é o baluarte do sentimento que predomina em mim nesta fase da lua. Não um sentimento saudosista, antes pelo contrário. Estou de olhos postos no presente, no que posso fazer agora por mim e pelos outros, e talvez por isso o meu mundo tenha andado tão afastado do mundo blogosférico. Há tanta coisa por fazer fora destas quatro paredes da minha amada tasca, há tanto para fazer e para descobrir (ou deverei escrever "por descobrir"?), há tanto amor para dar, tanta gratidão para cultivar, música para ouvir e livros para ler. Quem vos escreve isto é uma pessoa renovada. Um tasqueiro que acredita solenemente em Deus e no Homem, e que acredita que basta querermos e acreditarmos em nós para superar as adversidades da vida. O fundamental é isso, acreditarmos em nós, acreditarmos que podemos fazer a diferença, sentir que o pouco com que contribuímos para a felicidade do outro pode fazer com que esse outro se sinta inspirado por um acto de bondade que não espera nada em troca, e assim siga também esse exemplo para o outro e outro e outro... um enorme chain-mail, portanto. ;)

Há muita maldade no mundo. O atentado terrorista de hoje é prova disso. Mas o pior nestas situações é o desânimo, o baixar os braços. Devemos reflectir, revoltarmo-nos qb, e "pegar o touro pelos cornos". Ver o espírito de sacrifício das pessoas que estão lá a ajudar, tomar isso como um exemplo enorme a seguir e dar-mos o nosso pequeno contributo, seja ele o poder deslocar-se até ao local ou simplesmente tentar dar o nosso melhor na nossa existência, porque de acordo com a "Teoria do Caos" ou "The Butterfly Effect", quem sabe se um gesto nobre que tenhamos não provocará uma reacção em cadeia que evitará um qualquer acontecimento negativo?

Que se passa?

Há dias em que uma pessoa chega à net e pergunta-se a si mesma o que terá acontecido!

Isso aconteceu-me precisamente agora! Abri este magnífico establecimento e dou de caras com um blog que não é actualizado à dois dias!

Mas que raio terá acontecido aqui?

A quem souber responder-me, por favor façam-no o mais rápidamente possível para ver se acabo com esta angústia! Chego mesmo a pensar se os outros elementos da gerência não estariam hoje em Atocha na hora deste terrível atentado!

terça-feira, março 09, 2004

Classificados

Se houver alguém por aí interessado em levar uma monumental carga de porrada, é favor contactar o mail da tasca.
Eu estou disposto a conceder os vossos desejos. Portanto já sabem quanto mais rápido me contactarem, mais rápido eu irei ter convosco!

Atenção esta oferta é limitada ao dia de hoje!

Parabéns Sonecas

Parece que o Sornas faz hoje anos. Parabéns rapaz, estás um homem! (na medida do possível, claro).

(com este aniversário termina o ciclo de rotatividade de "parabéns" que se manteve ao longo dos últimos 2 meses; ufa!)

Será um bocado de bolo enfiado num dente?

Não sei porque não comprei nenhum dos dois, mas diz-se por aí que o "Antologias Políticas II" de Cavaco Silva não é mais que uma edição revista e corrigida do "Antologias Políticas I" (parece que o primeiro livro tinha muitas gralhas na dactilografia, principalmente na anormal falta da letra "R" no meio das palavras)

O livro de Boliqueime

Cavaco Silva sentiu-se incomodado e intimidado pela quantidade "industrial" de jornalistas presentes na apresentação do seu livro, "Antologias Políticas II". Parece que num ataque de pânico, pegou no bolo-rei que estava mais à mão e enfiou-o de uma vez na boca. (antologias...)

segunda-feira, março 08, 2004

"Ó linda Tricana abre essa janela para me ouvir cantar..."

Hoje na aula de biologia das algas e fungos, a professora vai passando slides num projector e de quando em quando aponta com uma cana os ditos slides. Ao estar sujeita a este gesto, a cana, exposta às luzes do projector, projectava-se ela mesma em três sombras das cores azul, rosa e amarelo.

Atento como estava à apresentação dos slides comentei com um colega meu:

Já reparaste que a cana, à luz do projector, transforma-se em três canas?

Ele responde:

É a tricana.

Dia Internacional da Mulher - A Festa

"Hoje é o teu dia, mulher! Que tal ires para a cozinha festejar?"

Dia Internacional da Mulher - O Amor


Agora que o Durão trata o Bush por George, não ficamos atrás em nada!

Diz a vereadora da Educação e Acção Social na Câmara de Lisboa, Helena Lopes da Costa, que foi "um lapso", que confessa na altura não ter reparado em todas as condições apresentadas pela McDonald's no circular... Enganou-se. Coitadinha.

(a nossa versão, bem à portuguesa, ou seja, de menor qualidade e com muito menos verbas envolvidas, do engano sobre as ADM... afinal de contas Bush e Blair disseram que elas existiam, mas foram enganados. Coitadinhos também.)

Quadratura do Círc(ul)o - V

Mas eu acho muito bem. No pasa nada. Qual indignação qual quê, isto é a República Federal das Bananas, vamos matar os pretos todos, cozinhar as crianças deficientes e exportar para a Tailândia, fechar as portas à imigração e à emigração, destruir os partidos que não forem de acordo com o regime, mas tudo isto rápido. Porque pode ser que nessa altura eu entregue à Câmara de Lisboa um projecto meu e da Burguer King, que vise a destituição de adultos deficientes dos cargos que tiverem no momento. E que o projecto seja aprovado. E que ninguém se indigne. Ninguém, é como quem diz, porque de certeza que de cada vez que me servissem um Big Mac, tanto Pacheco Pereira como Lobo Xavier (entre, infelizmente, tantos outros) se haveriam de revoltar contra o cheiro de hamburguer. Mas aí eu sussurrava-lhes baixinho, no pasa nada. No passa nada.

Quadratura do Círc(ul)o - IV

E mete nojo, mas é que mete mesmo, que de cada vez que alguém tentava chamar aqueles dois senhores à realidade, que eles olhassem (bem, o Pacheco olhava directamente, já o Lobo Xavier olhava só, com baba a escorrer, para o seu Deus, logo indirectamente e através do seu Deus para os infiéis que se manifestassem) com um desdém e repugnância incríveis, e achassem que tais argumentos não tinham a mínima validade e não passavam de aberrações rídiculas. Que é como quem diz, naquela linguagem, "crianças deficientes".

Em nenhum momento se indignaram com o facto de a) A campanha da McDonald's ser discriminatória e irresponsável e b) A Câmara de Lisboa ter deixado aquilo passar. A Lobo Xavier o que choca foi a Câmara de Lisboa ter voltado atrás com a atitude que tinha tomado inicialmente. Santana oube este gaijo pah! É que hóme qué hóme num berga, carago!! E enquanto José Magalhães andava perdido no meio de tanta ignóbil lógica, continua o circo de variedades, com Lobo Xavier a dizer "Eu também não jogo basket! Eu não jogo basket! Eu gostava de jogar basket, mas sou baixo! Se eu quisesse jogar basket não me deixavam! Eu não jogo basket!". Ok, ok, já percebemos. Não jogas basket, pah. É chato. Agora estar a comparar isso com o facto de estarem a discriminar injustamente (isto é quase sempre um pleonasmo) crianças, numa simples actividade como entrar e sair de um campo...

Quadratura do Círc(ul)o - III

Como é que é possível que num país democrático, um estado de direito, igualitário e não discriminatório, ainda haja pessoas que não se indignem com este caso.

Para Pacheco Pereira, como já referi, o absurdo da situação foi ter-se escrito o que se escreveu. Não porque pudesse ter sido escrito de outra maneira, mas sim porque mais valia fazer as coisas na clandestinidade e ninguém tinha nada a ver com isso. Porque, para ele, como é que deficientes podiam entrar num campo e correr de um lado para o outro? Não sei se é devido à nítida ignorância que Pacheco "cultiva" sobre o futebol, mas o facto é que aquelas crianças vão entrar em campo com os seus ídolos, tirar a fotografia da praxe, ver um jogo de futebol. Quem vai jogar à bola são mesmo os atletas! Não as crianças! Mas se isto ainda se pode compreender (cof cof... ai esta tosse) devido à tal "ignorância", há coisas que são imperdoáveis. Falava ele nos "deficientes" "deficientes" "deficientes"... tudo no mesmo saco. Oh homem, então mas um deficiente auditivo é igual a um deficiente motor? E dentro dos deficientes motores, não podemos ter vários tipos de deficiências, e em várias zonas do corpo? E os deficientes mentais, são todos uns vegetais que têm de ser levados ao colo para se deslocarem, ou todos uns animais selvagens que tenham de estar em constante vigilância e de preferência numa cela para não perturbarem o pequeno mundo perfeito de alguns "iluminados"?

Quadratura do Círc(ul)o II

Para Pacheco Pereira, no pasa nd. E Lobo Xavier só definiu bem a sua opinião depois de ver com que é que podia contar. Deixou que "a bola corresse" (estes pequenos trocadilhos do mundo da bola matam-me) e quando viu de que lado estava Pacheco, "salta do banco" (outro, e vão dois!), pisca o olho à direita e começa a desancar o José Magalhães. Afinal de contas, é sempre melhor "jogar contra 10 do que contra 11" (isto independentemente de se estarem a proferir as maiores barbaridades; e by the way, já é o terceiro trocadilho - hat-trick!!! ok, quatro).

Só pelo que diziam e pelas comparações absurdas que faziam, já dava vontade de os terminar logo ali (é a vantagem de se ver televisão, podemos sempre mudar de canal quando as pessoas não merecem), mas só pelo facto de se terem juntado de uma maneira infantil, bem ao jeito dos "bullys", aqueles típicos grupos de escola com um peso pesado adjudicado por um peso pluma, que pensam que são donos e senhores da Razão (e não a têm, como é óbvio), mais vontade dava ainda.

Quadratura do Círc(ul)o I

Hoje, no "Quadratura do Círculo", com José Magalhães, Pacheco Pereira e Lobo Xavier, moderados por Carlos Andrade, discutia-se toda a celeuma em volta da polémica sobre a exclusão de crianças deficientes do programa patrocinado pela McDonald's, uma iniciativa em que as crianças entram em campo com os jogadores do Euro 2004.

Esta litrada é, provavelmente, daquelas que mais tempo me demorou a servir em toda a magnânime história da "A Tasca", basicamente porque aquele programito despertou em mim sentimentos... como dizer... "abruptos", e a minha vertente (inelutavelmente) civilizada está neste momento prostada a meus pés, rogando-me com muita força e convicção que não desate a atribuir nomes como "besta e mais besta" ("O positivo é nada...") a certas "pessoas" que se esforçam contínua e intensivamente para que pensemos nelas dessa maneira, e que assim as recordemos para a posteridade.

Cederia eu às preces dessa minha vertente, não fossem as palavras de Pacheco Pereira a ecoarem no meu pensamento (credo!): "o problema foi terem escrito, porque mais valia não se ter escrito nada e ter-se procedido à selecção das crianças com esse critério implícito" (na altura José Magalhães ripostou com qualquer coisa do género "isso é uma hipocrisia", mas Pacheco não ligou, afinal de contas, he's the man!). Assim, e como não gosto de cultivar em mim hipocrisias, um grande "besta e mais besta" a quem de direito!

domingo, março 07, 2004

.....falamos, falamos, falamos....... mas unica coisa que eu te queria dizer e não posso é "eu amo-te".

A rimar, a rimar...

De que sou burro é prova cabal,
feita pergunta de algibeira:
Se me dou sempre tão mal,
porque é que caio na mesma asneira?

Waveee

Nunca me dispersei muito aqui na "A Tasca" sobre uma das minhas mais bem amadas perdições, a Bossa Nova. Também não é hoje que o vou fazer, contudo deixo aqui a letra de uma das mais belas canções já compostas, companheira de mil momentos, alguns intermináveis e outros nem tanto.

(se todas as minhas perdições fossem como esta andava eu muito bem... não há nada pior que perdições com pernas e mãos e propensão para infligir mágoa)

Wave

Vou te contar, os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho

O resto é mar, é tudo que eu não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e diz
É impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais, a eternidade

Agora eu já sei, da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver


(amantes da Bossa, reuni-vos em meu redor!)

sábado, março 06, 2004

Do Sonho para cima, é sempre a fugir (estarei a mentir?)

Há momentos assim, especiais. Do "Sonho" para cima, à bocado, no Contrariedades, uma das conversas mais estimulantes que estabeleci (e não se deixem enganar, o que estimula é o que está para além das palavras, para além do que está escrito). Resta dizer, que a Filipa estava embriagada pelas litradas da "A Tasca"

Agora é que disseste tudo

"...mas se às vezes não sei o que é bom ou mau em literatura, normalmente não me engano no que se refere no amor à dita..."

Be back soon

O Universos Desfeitos escreve "FIM", eu (espero) ler "VOLTO JÁ".

Vagueando

Hoje aconteceu-me uma coisa que já não me acontecia há imenso tempo. Desatei a chorar desalmadamente, sem razão aparente. Logo agora, que tudo me tem corrido tão bem. Não tenho razão para isto. Ou se calhar tenho, mas não quero ter. É que no meio de tanta coisa boa, há algo que está tão, mas tão mal.

Encontrei...

...isto no Flying to the Moon, e é por textos destes, tão sinceros, que enquanto há quem queira chegar a Marte, eu prefiro voar até à Lua :)

"Sentir


Só há uma maneira de descrever o fim de semana passado:

Gosto de ti
Gosto dos teus olhos
Gosto do teu nariz
Gosto dos teus lábios
Gosto do teu corpo
Gosto das tuas mãos nas minhas
Gosto quando dizes que gostas muito do meu cabelo
Gosto do calor do teu corpo
Gosto do cheiro do teu perfume
Gosto da meneira como falas comigo
Gosto da maneira como me beijas
Gosto da tua maneira de ser
Gosto da tua personalidade
Gosto da tua roupa
Gosto de ficar só a olhar para ti
Gosto da tua sinceridade
Gosto da tua mania fofinha de explicares tudo
Gosto quando te preocupas comigo
Gosto de me sentir tão à vontade contigo
Gosto muito de conversar contigo e ouvir as tuas opiniões
Gosto, gosto, gosto... de ti

É muito bom sentir isto porque me faz sentir viva e sentir que tenho um coração que bate e vai continuar a bater, pelo menos enquanto sensações destas existirem...

:)
"

Shaolin Soccer (with two balls)

(encontrei isto nos Marretas - o link está ali à direita, não vem para aqui porque estou zangado com os comentários ignorantes que teimam em tecer sobre os estudantes e respectiva luta estudantil)

Num templo Shaolin:

Discípulo: "Sábio e honlado mestle, podelia ensinal-me a difelença entle uma pélola e uma mulhele?"
Mestre: "A difelença, humilde aplendiz, é que a pélola pode sel enfiada pol dois lados, enquanto a mulhele somente pol um."
Discípulo (confuso): "Mas Mestle, longe de mim pensal contlaliar vossa sabedolia, mas ouvi dizel que celtas mulheles pelmitem sel enfiadas pelos dois lados!"
Mestre (com um sorriso): "Nesse caso, culioso discípulo, não se tlata de uma mulhele mas de uma pélola ..."

sexta-feira, março 05, 2004

mademoiselle furta cor

Por esta fresta te espreito
Por esta fresta te desvendo
Por esta fresta
cravo
sonda contra esponja,
e babo
e te penetro
teso e reto, e por inteiro
o seu corpo se entreabre:
porta e perna, caixa e coxa.
Por esta fenda
tenda
de pele que se franze,
e rasga
eu me adentro
feito de espera e de esperma:
e espremo - te aperto - e exprimo
toda a cor da carne do amor que escrevo.
Por esta fresta me espreito
Por esta fenda me desvendo

Armando Freitas Filho

Raivas

À procura de informação na net sobre as "raivas", saltava eu de site em site. O google também não ajudava. Bolas. E eu que tinha ficado tão fascinado com estes bolinhos tradicionais, pah. Queria saber tudo, desde a confecção, de onde são originários, a receita, tudo. No final, e revelando-se infrutífera a minha busca, descobri a perfeita definição.

"Raivas: pequenos bolinhos tradicionais, de forma variada, de óptimo sabor, e que me trazem à memória uma tarde muito bem passada. Assuntos relacionados: Comida; Salgados; Lua; Gosto de ti"

(citação retirada da minha cabeça, do meu dicionário mental, registo diário dos meus dias)

Qéqilo

No meio desta tralha toda a que eu carinhosamente chamo de quarto, encontrei um montinho com umas 20 folhas. Eram 20 fotocópias, que no fim de um dia estafante a percorrer arquivos e bibliotecas de um lado para o outro, eu e duas amigas tirámos, na maior das clandestinidades, na fotocopiadora da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Que tirámos a nós próprios. Aquilo eram caretas, sorrisos, mãos e tanta coisa impressas, mas mais que o que estava nas folhas é o que ficou na minha memória. A cumplicidade que levou àquilo, a amizade, as gargalhadas.

Chamem-lhe infantil, chamem-lhe estúpido, chamem-lhe perigoso (?), chamem-lhe o que quiserem. Mas que foi um dos finais de tarde mais divertidos que eu já tive, foi :)

A não perder

Hoje, 6ª feira, dia 5 de Março, pelas 15 horas no auditório da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, a "Apresentação do Projecto das novas instalações da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra", com os arquitectos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, o engenheiro Rui Nata e o Magnífico Reitor.

(espero sinceramente que me expliquem porque é que vão mandar a minha faculdade linda para o meio de um pinhal no cu de Judas)

À noite, os "nossos" WrayGunn, pelas 21 horas, no Teatro Académico Gil Vicente, no âmbito das comemorações dos 18 anos da também "nossa" RUC. (a primeira parte será composta de uma performance teatral a cargo de Paulo Lima, Ricardo Trindade e Ricardo Seiça)

(nós, "A Tasca", vamos estar lá)

De referir ainda o Seminário de Educação Especial "Da diferença à igualdade", organizado pelo Núcleo de Estudantes da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, dias 23 e 24 de Março, no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra. (programa, aqui. Ficha de inscrição, aqui)

Fica mais ou menos em frente ao hospital militar

Existe um bar cá em Coimbra que é muito, muito estranho. Acreditem. É um bar envolto numa aura esotérica. Tem até um espelho num pequeno corredor em frente à porta, que dá um efeito de profundidade extremamente esquisito devido à não existência do mesmo. É um bar sem nome, é um bar sem publicidade, é um bar frequentado por pessoas sem cara, é um bar escuro, é um bar que quando não está fechado está sempre cheio yet nunca se vê ninguém lá entrar nem sair. O que é aquilo?!?!?

(teorias há que defendem que aquilo é uma porta para a 5ª dimensão, outros que é um local de reunião de sociedades secretas, há mesmo quem avance para o bar de tertúlia dos poucos vampiros que ainda existem em Portugal, depois do massacre. Eu vou mais por esta última teoria, até porque, uma vez, vi lá a Manuela Ferreira Leite. Scary)

III

Ia eu sossegadito pela rua fora, quando de repente me apercebo que estou ao lado de umas obras e à minha frente vão duas raparigas relativamente jeitosas. "Deixa-me cá prestar atenção, porque vai fazer-se arte", pensei. Mas o pedreiro estava distraído, e quando as viu, já elas quase tinham saído do campo de visão do pobre homem. Ele, em desespero, balbucia um tímido "Hmmm...era toda a noite no jacuzzi!!!" e, numa tentativa tão infrutífera como patética, engasga-se, produz uns sons esquisitos e imperceptíveis, e finalmente, com a voz a tremer, remata com "era tanto amor!".

Um pedreiro nunca se engasga. Nem hesita. E tem a expressão certa sempre. Mas estes dogmas foram todos pelo cano abaixo nessa tarde. Afinal, o pedreiro é apenas um homem como eu ou como tu, Zezé Camarinha. E também falha.

Naquela tarde, aquele pedreiro desonrou toda uma classe, toda uma história, toda uma tradição. Assim já compreendo a renovação que tem vindo a ser feita nos quadros dos pedreiros, com a implementação e integração de licenciados ucranianos e eslavos. Agora que já se esgotaram os piropos, que será melhor que um licensiado em Línguas ou um médico com uma grande cultura geral, capazes de enriquecer e ressuscitar esta língua "quase-morta"?

II

O pedreiro, o "trolha", tem em si o dom, o engenho e a arte, de ter sempre um piropo à mão, jeitoso, único, singular, adequado à menina que passe na rua, seja ela a mais fina flôr ("oh flôre, dá pa pôre?") ou o mais rebuscado enchido ("oh chouriçooo!!!"). Em qualquer altura, em qualquer situação, independentemente do tempo que faça ou do local do mundo, o pedreiro nunca falha, nunca se engasga, e é sempre charmoso.

Ora bem... agarrem-se às cadeiras; porque o que eu vou escrever a seguir "will rock your world".

I

Há situações na vida que aceitamos incondicionalmente. Já cá estavam muito antes de nós chegarmos, e cá estarão muito tempo depois de nos termos ido. Aceitamo-las como dogmas, e são-no efectivamente. Autênticos pilares em que assentam as nossas certezas, os nossos princípios, a nossa socialização.

Falo, obviamente, dos "piropos dos pedreiros".

Yesterday

A Assembleia Magna de hoje foi qualquer coisa de estranho. A Direcção Geral, nomeadamente o Miguel Duarte, demonstram ter imensas ideias (a maior parte boas) e estarem muito receptivos a colaborações extra-direcção (prova disso foi a conversa que mantiveram comigo, após a apresentação da minha moção), mas, infelizmente, é nítida a inexperiência de elementos que, até por muitos deles já terem feito parte da anterior direcção, não devia existir. Ao mesmo tempo, numa altura em que a academia devia estar unida e com um objectivo comum, ainda existem pessoas que, por quezílias meramente pessoais e sem sentido (ainda para mais nesta conjuntura), como que "boicotam" todo um trabalho que é muito difícil de construir e desenvolver, mas bastante mais fácil de deitar abaixo. Exactamente como um castelo de cartas.

Quem esteve lá, ou quem ouviu em directo pela RUC (107.9 ou pela net - obrigado Cristina), pôde ter reparado que houve pontos e moções que se começaram a ler e se preparam para votar, que só não o foram depois dos alunos terem-se manifestado e chamado a atenção da mesa da Assembleia, devido ao carácter anti-estatutário das mesmas! Estas coisas não podem acontecer. Retiram a credibilidade a uma Assembleia Magna que por si só já é muito difícil de gerir. Por outro lado, espanta-me, e certamente terá espantado tantos outros, quando uma moção "anónima" foi entregue à mesa da Assembleia, insultando o presidente da mesma. Essa moção não podia ser lida nem votada, mas o presidente da mesma fê-lo. Mas para quê? Devia ter sido remetida ao esquecimento e ao silêncio. Em vez disso, seguiu-se uma autêntica "procissão" até ao microfone, de várias pessoas que disseram todas o mesmo, variando do "este tipo é um porreiro" até ao "não o conheço mas quem escreveu isto que apareça". Desnecessário ao máximo, e nunca deveria ter lugar numa Assembleia Magna.

(qualquer dia faço eu uma moção contra mim e entrego-a, depois fico a ver o pessoal a aumentar-me o ego e a ir lá dizer bem de mim. Ou então melhor, uma declaração de amor. Não era tão romântico?)

Depois temos também uma atitude que é de criticar, embora eu não consiga perceber se tal aconteceu por pura demagogia, se por questões processuais. O facto é que, depois de ser aprovada uma moção em que a Academia apelaria ao movimento para a manifestação da CGTP, é também aprovado um ponto da moção da Direcção Geral em que é organizada uma sessão de esclarecimento para o mesmo dia e para a mesma hora da dita manifestação. Então mas como é que é, apelamos ao pessoal para ir à manifestação e marcamos uma sessão de esclarecimento para a mesma hora? Mas se o importante é ir à sessão de esclarecimento, então aprovamos uma moção para se ir à manifestação? Etc, etc, etc...

De qualquer das maneiras, felizmente existem membros muito activos e conscientes de tudo, e dispostos a unir e mudar a academia. Esta Direcção Geral, embora um mal menor (para mim, como é óbvio), parece-me ter "pernas para andar" e realizar um bom trabalho este ano (nomeadamente com o apoio e a colaboração que tem promovido com os núcleos e o MSES -movimento para um superior ensino superior- e com iniciativas como a recolha de informação junto das embaixadas acerca do sistema de ensino de outros países, e posterior elaboração de um relatório a ser enviado), mas há uma certa inexperiência que tem de ser combatida, e agora, mais do que nunca, temos de apostar muito forte na sensibilização dos alunos e na união dos mesmos.

(Já agora, a minha moção foi a mais consensual de todas - ninguém contra, 3 abstenções -por despeito, óbvio ;)- e o resto tudo a favor. eheh)

quinta-feira, março 04, 2004

Assembleia Magna

Hoje, Assembleia Magna nos jardins das cantinas dos Grelhados, pelas 21h30. Em vésperas de manifestação e de intensificação da luta, e com a "não necessária correlação" entre aproximação-do-ciclo-eleitoral-e-silêncio-do-governo-em-relação-às-reformas-do-ensino-superior, torna-se urgente a consciêncialização do estudante e da opinião pública para as pequenas batalhas que se aproximam.

(a Assembleia Magna é transmitida em directo pela RUC - Rádio Universidade de Coimbra, 107.9 FM)

Há noites assim

Hoje, fizeram-me uma declaração de amor.

Inesperada, surreal, no momento certo... e no momento errado. Bonita.

Já tinhamos percorrido uns bons quilómetros a pé, por entre a noite. Ao longe já estavam a taberna, o rapaz a tocar guitarra, os nossos amigos nas Amarelas, o Penedo da Saudade... e, felizmente, a mentira e a desconfiança. Nunca te tinha conseguido perceber. E não parávamos de discutir. Tu sentias-te incompreendida e triste, com um ódio por mim que, sinceramente, eu não entendia; afinal, nunca te tinha feito nada que justificasse um ínfimo bocadinho das palavras com as quais rasgavas os sentimentos que trazias vestidos. E foi então que, no meio de gritos e desabafos, perguntei "porque é que me odeias assim?" e respondeste "porque te amo".

Sem teres pedido licensa, em frente ao teu prédio. Estavas ali, mesmo à minha frente, uma das mais cobiçadas raparigas da faculdade. Com os olhos em lágrimas e a voz presa, choraste um "porque te amo" que só em filmes se ouve e se diz. A noite calara-se. Mas aquele momento ecoava ecoava eco ava a va. Olhei para um lado, olhei para o outro, olhei para cima (vi a lua) e olhei para ti.

"Boa noite" - sussurrei.
"2º C... para quando quiseres." - tu.

quarta-feira, março 03, 2004

A biolência

O que mais me impressiona na violência não é o durante, nem o depois. É o imediatamente depois. Durante a consumação do acto, o murro, o pontapé, o sangue, não passam de nada, não se lhes atribui importância. Mas é quando retiramos a mão, enterrada no pescoço de outrem, e os olhos dessa pessoa nos fitam, que de repente tudo ganha forma. A mão não parece nossa, a mão parece morta, nós não parecemos nós, nós parecemos mortos.

Desejo-te o PCP - Pipas Camiões e Pintas

Hoje é o dia do Moelas. Os meus desejos, à semelhança do jamiroo, são que tenhas muitas pipas, que te tornes num José Simões e acima de tudo que só vejas pintas à tua volta e as partilhes com os teus amigos! ;)

O post é pequeno, não sabia mais o que dizer. É exclusivamente dedicado a ti!

Sê feliz!

Neste teu aniversário desejo-te aquilo que mais mereces

Pipas

,


Camiões

,


e

muitas,

muitas

...

PINTAS



PARABENS MOELAS

terça-feira, março 02, 2004

Bang bang

Nesta loja virtual de artigos invulgares, se tentarmos comprar o artigo "Pistola Automática PPK 8 mm", podemos verificar que os prévios compradores de tal artigo também compraram filtros purificadores de água e depilador de pelos (nariz e orelhas). Armados, mas bem arranjados e com a melhor água do mercado!!

Alanis Morissette - MTV unplugged

Head over feet

I had no choice but to hear you
You stated your case time and again
(and) I thought about it

You treat me like I'm a princess
I'm not used to liking that
You ask how my day was


You've already won me over in spite of me
Don't be alarmed if I fall head over feet
Don't be surprised if I love you for all that you are
I couldn't help it
It's all your fault

Your love is thick and it swallowed me whole
(and) You're so much braver than I gave you credit for
(and) That's not lip service


You've already won me over in spite of me
(and) Don't be alarmed if I fall head over feet
(and) Don't be surprised if I love you for all that you are
I couldn't help it
It's all your fault


You are the bearer of unconditional things
(and) You held your breath and the door for me
(and) Thanks for your patience

You're the best listener that I've ever met
You're my best friend
Best friend with benefits
(and) What took me so long

(and) I've never felt this healthy before
(and) I've never wanted something rational
(and) I am aware now
(I like to think I am) I am aware now


You've already won me over in spite of me
Don't be alarmed if I fall head over feet
Don't be surprised if I love you for all that you are
I couldn't help it
It's all your fault

You've already won me over in spite of me
Don't be alarmed if I fall head over feet
Don't be surprised if I love you for all that you are
I couldn't help it
It's all your fault...

Bruno,

não penses que por comentares litradas de há meses atrás, que eu não os leio ;)

(e boa sorte para amanhã)

Interrogação do dia

Se está tão errado, porque é que sabe tão bem?!

Criatura Primária

Uma criatura primária não sente. Uma criatura primária não escreve. Uma criatura primária não se emociona. Uma criatura primária não lê. Uma criatura primária não se preocupa com nada (do mais fútil e mundano, ao mais essencial). Uma criatura primária não me inspira. Uma criatura primária não me dá gosto de ler. Uma criatura primária... [uma imensidão de coisas]...!

para a Paragem de Autocarro

Alguns links para passarem o tempo..

Significado dos nomes
11 de Setembro
Teste: São todos iguais?
Testem no Google
Erros nos filmes
Site para o moelas
A (outra) Tasca
Bushismos

"Já escreveste alguma coisa no blog hoje?"

Não, hoje ainda não escrevi nada no blog. Sim, sei o que quero escrever. Aliás, mais ou menos... Quer dizer não sei. Quer dizer sei. Pah, é melhor não escrever nada hoje (nem aqui). Há coisas que devem ir sendo escritas (se forem muito grandes, depois ninguém as lê). E sabes, há coisas que têm de ir sendo escritas... não aqui, mas em mim. Pode ser que um dia as escreva noutro lado, ou talvez a dois. (caramba, era tudo mais fácil quando não tinha blog)

ando a perder os melhores anos da minha vida

Realmente. Num canal, é a Lili Caneças e o Herman José. Noutro, é a Manuela Moura Guedes e Avelino Ferreira Torres (aquele tal que disse aos senhores da Liga para olahrem de baixo para cima que ele era muito mais poderoso que eles... ah e também andou a jogar futebol com cadeiras). Caramba pah, será que quando eu me render ao poder hipnótico da televisão, ainda vão haver mais destas cenas?

Mais um poemazinho..

É quando estás de joelhos
que és toda bicho da Terra
toda fulgente de pêlos
toda brotada de trevas
toda pesada nos beiços
de um barro que nunca seca
nem no cântico dos seios
nem no soluço das pernas
toda raízes nos dedos
nas unhas toda silvestre
nos olhos toda nascente
no ventre toda floresta
em tudo toda segredo
se de joelhos me entregas
sempre que estás de joelhos
todos os frutos da Terra.

David Mourão Ferreira

segunda-feira, março 01, 2004

Decepção: Metallica

Estava ontem a fazer zapping aos canais, bebendo uma cervejinha no meu sofá, quando me deparo com o concerto dos Metallica no "Rock Am Ring" a dar na MTV pela décima vez. Ao ouvir aquele concerto, com o desagrado a que me venho habituando graças à decadência da banda a que tenho assistido, apeteceu-me ouvir os verdadeiros Metallica. Os albuns dos anos 80 e primeira metade dos 90's. Foi com esses, mais com os dos 80's que aprendi a gostar de Metallica. Quem me conhece sabe que sempre quis ver Metallica ao vivo. Agora que eles vão ao "Rock In Rio Lisboa", sinceramente, não tenho a mínima vontade de os ir ver. Eles sempre foram a minha banda favorita mas este último album, "St. Anger", foi uma desilusão que, apesar de esperada, mudou radicalmente o meu gosto pelo grupo.

Nem é pela música... Apesar da música ter piorado bastante (mesmo) na minha opinião não é isso que me incomoda. É a maneira como o carisma mudou com a saída do Jason Newstead e a entrada do Robert Trujillo, que apesar de grande baixista, aquele andar de caranguejo e aquelas roupas todas dreads não têm nada a ver com os Metallica! É a maneira como os Metallica se preparam para o público contrariando o seu lema de sempre: "Nós cuidamos da nossa imagem".

Musicalmente este album não é Metallica. Metallica tinha músicas extensas mas variadas. Não havia música sem um grande solo. Pois neste album não se ouve nem um solo e as músicas, para além de terem um som completamente modificado por computador, são imensamente repetitivas.

Enfim, quem gosta(va) dos verdadeiros Metallica, sabe do que eu estou a falar!


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