sexta-feira, março 05, 2004

Yesterday

A Assembleia Magna de hoje foi qualquer coisa de estranho. A Direcção Geral, nomeadamente o Miguel Duarte, demonstram ter imensas ideias (a maior parte boas) e estarem muito receptivos a colaborações extra-direcção (prova disso foi a conversa que mantiveram comigo, após a apresentação da minha moção), mas, infelizmente, é nítida a inexperiência de elementos que, até por muitos deles já terem feito parte da anterior direcção, não devia existir. Ao mesmo tempo, numa altura em que a academia devia estar unida e com um objectivo comum, ainda existem pessoas que, por quezílias meramente pessoais e sem sentido (ainda para mais nesta conjuntura), como que "boicotam" todo um trabalho que é muito difícil de construir e desenvolver, mas bastante mais fácil de deitar abaixo. Exactamente como um castelo de cartas.

Quem esteve lá, ou quem ouviu em directo pela RUC (107.9 ou pela net - obrigado Cristina), pôde ter reparado que houve pontos e moções que se começaram a ler e se preparam para votar, que só não o foram depois dos alunos terem-se manifestado e chamado a atenção da mesa da Assembleia, devido ao carácter anti-estatutário das mesmas! Estas coisas não podem acontecer. Retiram a credibilidade a uma Assembleia Magna que por si só já é muito difícil de gerir. Por outro lado, espanta-me, e certamente terá espantado tantos outros, quando uma moção "anónima" foi entregue à mesa da Assembleia, insultando o presidente da mesma. Essa moção não podia ser lida nem votada, mas o presidente da mesma fê-lo. Mas para quê? Devia ter sido remetida ao esquecimento e ao silêncio. Em vez disso, seguiu-se uma autêntica "procissão" até ao microfone, de várias pessoas que disseram todas o mesmo, variando do "este tipo é um porreiro" até ao "não o conheço mas quem escreveu isto que apareça". Desnecessário ao máximo, e nunca deveria ter lugar numa Assembleia Magna.

(qualquer dia faço eu uma moção contra mim e entrego-a, depois fico a ver o pessoal a aumentar-me o ego e a ir lá dizer bem de mim. Ou então melhor, uma declaração de amor. Não era tão romântico?)

Depois temos também uma atitude que é de criticar, embora eu não consiga perceber se tal aconteceu por pura demagogia, se por questões processuais. O facto é que, depois de ser aprovada uma moção em que a Academia apelaria ao movimento para a manifestação da CGTP, é também aprovado um ponto da moção da Direcção Geral em que é organizada uma sessão de esclarecimento para o mesmo dia e para a mesma hora da dita manifestação. Então mas como é que é, apelamos ao pessoal para ir à manifestação e marcamos uma sessão de esclarecimento para a mesma hora? Mas se o importante é ir à sessão de esclarecimento, então aprovamos uma moção para se ir à manifestação? Etc, etc, etc...

De qualquer das maneiras, felizmente existem membros muito activos e conscientes de tudo, e dispostos a unir e mudar a academia. Esta Direcção Geral, embora um mal menor (para mim, como é óbvio), parece-me ter "pernas para andar" e realizar um bom trabalho este ano (nomeadamente com o apoio e a colaboração que tem promovido com os núcleos e o MSES -movimento para um superior ensino superior- e com iniciativas como a recolha de informação junto das embaixadas acerca do sistema de ensino de outros países, e posterior elaboração de um relatório a ser enviado), mas há uma certa inexperiência que tem de ser combatida, e agora, mais do que nunca, temos de apostar muito forte na sensibilização dos alunos e na união dos mesmos.

(Já agora, a minha moção foi a mais consensual de todas - ninguém contra, 3 abstenções -por despeito, óbvio ;)- e o resto tudo a favor. eheh)

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