segunda-feira, março 22, 2004
Maria João Pires no País dos Matraquilhos
Faz-me muita impressão o celeuma em volta da entrevista da Maria João Pires ao El Pais, sobre o projecto de Belgais e a falta de apoio e de palavra de Estado e privados; pela simples razão que há assuntos tão óbvios que me parecem absurdos os caminhos para onde se leva a discussão.
O que é que se passa afinal? Há um projecto. Há um investimento pessoal. Há falta de investimento do Estado. E contrariando aquilo que muitos classificam como o "triste fado português" do laisser-faire, Maria João Pires vai ali ao lado e arranja capital para investir. De caminho, alguém do lado de lá da fronteira fica incrédulo com tal situação, e entrevista Maria João Pires sobre o que afinal se passa no "país do Euro 2004". Queriam que ela dissesse o quê? "Sim, sim, gosto muito da atitude de Portugal em relação à cultura, o Estado apoia imenso, eu vim pedir dinheiro emprestado a Espanha apenas porque gosto muito de caramelos e aproveito e levo uns quantos lá para casa". CLARO que ela vai denunciar o que se passa aqui; porque entre a sombra dos grandes estádios também existem projectos para serem levados a sério. E se quisermos ser mais abrangentes, não só no plano da cultura, como no plano da saúde e da educação.
O que é que se passa afinal? Há um projecto. Há um investimento pessoal. Há falta de investimento do Estado. E contrariando aquilo que muitos classificam como o "triste fado português" do laisser-faire, Maria João Pires vai ali ao lado e arranja capital para investir. De caminho, alguém do lado de lá da fronteira fica incrédulo com tal situação, e entrevista Maria João Pires sobre o que afinal se passa no "país do Euro 2004". Queriam que ela dissesse o quê? "Sim, sim, gosto muito da atitude de Portugal em relação à cultura, o Estado apoia imenso, eu vim pedir dinheiro emprestado a Espanha apenas porque gosto muito de caramelos e aproveito e levo uns quantos lá para casa". CLARO que ela vai denunciar o que se passa aqui; porque entre a sombra dos grandes estádios também existem projectos para serem levados a sério. E se quisermos ser mais abrangentes, não só no plano da cultura, como no plano da saúde e da educação.