sexta-feira, novembro 28, 2003

Algumas preciosidades do nosso ensino

Oral da cadeira de Anatomia do curso de Medicina

Prof: Descreva o fígado.
Aluno: Os fígados...
Prof: Os fígados??!! Quantos são?
Aluno: Dois. Direito e esquerdo!

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Oral da cadeira de Psicologia do curso de Medicina

Prof: Onde se localiza o centro de inteligência...?(área do córtex cerebral)
Aluno: Nos Estados Unidos da América.

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Curso de Segurança Social, numa universidade privada lisboeta

Prof: Diga-me lá porque é que a taxa de natalidade é menor nos países desenvolvidos.
Aluno: Porque se trabalha mais do que nos países subdesenvolvidos.
Prof: Ai sim?
Aluno: E tem-se menos tempo.
Prof: Menos tempo para quê?
Aluno (hesitante e já embaraçado): Menos tempo para fazer amor.

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Oral na Faculdade de Medicina de Coimbra

Prof: Minha senhora, diga-me, por favor, qual é o órgão do corpo humano que dilata até sete vezes o seu tamanho normal?
A aluna retorce-se, transpira, cora indecentemente. Decide mesmo recusar-se a responder à pergunta. Numa sucessão de respostas infelizes a outras questões, acaba por chumbar. Na oral imediatamente seguinte, o professor resolve insistir na pergunta: "Minha senhora, qual é o órgão do corpo humano que dilata até sete vezes o seu tamanho normal?" A aluna, respondendo prontamente: "É a íris, senhor professor."
O examinador, com um sorriso largo: "Por favor, diga à sua colega que vai ter muitas desilusões ao longo da vida."

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Exame numa universidade privada, em Lisboa

Prof: Dê-me um exemplo de um mito religioso.
Aluno: Um mito religioso? Sancho Pança.
Estupefacto, o professor pede ao aluno para este escrever o que acabou de dizer. O aluno escreve no papel: "S. Xupanssa".

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Prova oral da cadeira de Direito Constitucional, numa Universidade privada de Lisboa.

Aluno: O que aconteceu no 25 de Abril foi o início do regime autoritário salazarista. Mas quem subiu ao poder foi o presidente do então PSD, Álvaro Cunhal, que viria a falecer em circunstâncias misteriosas no acidente de Camarate.

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Prof: Quais são as batalhas mais importantes da História portuguesa?
Aluno: Antes de mais, senhor doutor, a batalha de Alves Barrota.
O exame terminou aqui.

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Num instituto superior da capital, 1º ano de Relações Internacionais.

A cadeira é Ciência Política. O professor é um distinto deputado à Assembleia da República. A aluna, com rara convicção, explica ao examinador tudo o que se passou no 25 de Abril de 1974: "A revolução de 74 significou a queda de um regime militar dominado pelo almirante Américo Tomás e pelo marechal Marcelo Caetano, que governava o país depois de deposto o último rei de Portugal, Oliveira Salazar. O 25 de Abril foi uma guerra entre dois marechais: o marechal Spínola e o marechal Caetano." Obviamente, chumbou.

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Outra versão, ainda mais criativa, desta vez numa Universidade privada de Lisboa, no 3ºano de Relações Internacionais.

Prof: Descreva-me brevemente o que foi o 25 de Abril de 1974.
Aluno: Foi um golpe levado a cabo pelos militares, liderados por Salazar, contra Marcelino Caetano.
O professor, já disposto a divertir-se: "E como enquadra o processo de descolonização nesse contexto?"
Aluno: Bem, a guerra em África acabou quando Sá Carneiro, que, entretanto subiu ao poder, assinou a paz com os líderes negros moderados. Foi por causa disso que ele e esses líderes morreram todos em Camarate.
Prof: Já agora, pode dizer-me quem era o presidente da República Portuguesa antes de 1974?
Aluno: Samora Machel.
Conta quem assistiu à oral que o professor quase agrediu a aluna.

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Uma professora de Direito Constitucional numa universidade privada do
Porto questiona o aluno sobre a Constituição de 1933.
(esta consagra a impossibilidade de os descendentes da casa de Bragança se candidatarem à presidência da República)

Prof: Diga-me lá porque é que D. Duarte, segundo a Constituição portuguesa de 1933, não poderia candidatar-se à presidência da república?
Aluno: Porque ele é actualmente o presidente português.

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Noutra resposta à mesma pergunta, que esta professora recebeu:
Aluno: Porque vivemos num sistema monárquico.

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Numa outra prova oral de Direito Constitucional, o examinador pergunta ao aluno:

"Quem substitui o presidente Jorge Sampaio em caso de impossibilidade temporária deste?"
Aluno: A mulher dele, a Maria José Ritta.

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Uma universidade privada em Lisboa, 1997.

A correcção manda que se diga que "as leis são emanadas pela Assembleia da República". Discorrendo sobre o processo legislativo, um aluno responde que "as leis vêm em manadas da Assembleia da República".

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1º e 2º ano do curso de Relações Internacionais, numa universidade privada de Lisboa. 1988/1996. (Algumas preciosidades)

Prof: Quem é o actual presidente dos Estados Unidos?
Aluno: O Perez Troika.

Prof: Paris é a capital de que país?
Aluno: Bruxelas.

Prof: Quando foi a Revolução Liberal em Portugal?
Aluno: Em 1640.

Prof: Diga-me, por favor, o que é a Nato.
Aluno: É a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Prof: E a OTAN?
Aluno (depois de pensar demoradamente): Bem, aí a doutrina divide-se.

Prof: Então diga-me lá qual era o nome próprio de Hitler?
Aluno: Heil.

Prof: Minha senhora, em que época histórica situa Adolfo Hitler?
Aluno: No século XVIII, senhor professor.
Prof: Tem a certeza?
Aluno: Não! Desculpe. No século XVII.

Prof: Quem foi o grande impulsionador do nazismo?
Aluno (rápido e incisivo): O Fura João Hitler.
Prof: O "Fura"..?
Aluno: Sim. É a designação hierárquica de Hitler.

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Numa outra oral. Cadeira de História das Ideias Políticas e Sociais.

Prof: Qual é a obra de fundo de Adolfo Hitler?
Aluno: É a Bíblia alemã.

Prof: Pode dizer-me o que é um genocídio?
Aluno: É a morte dos genes.
Prof: Como?
Aluno: É a morte dos genes e dos fetos.

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Cadeira de Direito Internacional Público, uma universidade privada do Porto.

O professor, desesperado com a vacuidade das respostas de certo aluno em orais da especialidade, resolve tentar ajudar, recorrendo à geografia. Questionado sobre a localização da Escandinávia, o aluno responde que fica algures na Ásia. O examinador, rendido, brinca agora.
Prof: Podemos então passar a chamar-lhe Escandinásia.
Aluno: Se calhar, senhor doutor.
Prof: Não sabe que a Escandinávia fica na Europa?
Aluno: Pois é, tem razão!
Prof: E fica a Norte ou a Sul?
Aluno: A sul.
Prof: E sabe apontar-me alguma característica dos escandinavos?
Aluno (depois de longa pausa): Bem, eu acho que eles não são pretos.

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