quarta-feira, dezembro 17, 2003

Continuando...

No dia seguinte, e já com uma imensidão de factos e realidades a matutar no meu cérebro (talvez pequeno demais para tanta informação), decido comprar o mesmo jornal, agora sim com uma primeira página totalmente dominada pelo retrato do (ex)ditador e centro a minha atenção num artigo da jornalista Margarida Santos Lopes no qual é passada em revisão a vida de Saddam Hussein.

No referido artigo é falado, entre muitas coisas, da origem do seu nome, da sua conturbada vida familiare da maneira como chegou ao poder, essa sim a parte que me chamou mais à atenção a qual transcrevo algumas partes:

"OS LAÇOS AMERICANOS A partir de 1961, quando Kassem (presidente anterior) reivindicou o Kuwait como província iraquiana, a CIA de Allen Dulles começou a aproximar-se de Saddam. "Há vestígios de frequentes visitas de Saddam Hussein à embaixada dos EUA no Cairo", onde estudava, salientou Aburish (biógrafo de Saddam).
Sob a direcção de William Lakeland, o plano para derrubar Kassem e evitar a subida dos comunistas ao poder no Iraque foi "uma das operações mais elaboradas jamais conduzidas pela CIA no Médio Oriente"
Em 8 de Fevereiro de 1963, algumas unidades do exército iraquiano, chefiadas pelo general Ahmed Hassan el-Bakr, destituíram Kassem. Seguiu-se uma campanha de eliminação de comunistas e outros partidários do deposto regime. Muitas vítimas faziam parte da lista de alvos elaborada por William McHale, agente da CIA que se fazia passar por correspondente da revista "Time".
Em 1966, já com o Baas devidido em duas facções rivais, em Bagdad e Damasco, Saddam escreveu, segundo Aburish, uma carta ao consulado dos EUA em Bassorá, pedindo ajuda para derrubar o presidente Abdel Rahman Aref.
Um novo acordo com a CIA terá sido selado em 1967, antes da guerra israelo-árabe. O golpe deu-se a 17 de Julho de 1968. Bakr tornou-se presidente e Saddam o seu "número dois"."

continua mais ainda...

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