segunda-feira, dezembro 08, 2003

Finalmente...

... saí de casa daquelas duas pedacinhos de lua, e fiz-me ao caminho. Encontrei um bêbado taradão, mas conto depois noutro post, sim porque antes deste já tive outro encontro imediato de terceiro grau com um taradão que me perseguiu, verídico verídico.

Fui ter com uma amiga minha, e fomos para o Piano Negro, grande café, grande pub, grande sítio, grandes pessoas, grande música, grande tudo. Aí, mais uma daquelas coisas. Encontrámo-nos com um grupo substancialmente mais velho que nós, tudo colegas da nossa faculdade ou amigos desses amigos, todos estrangeiros, uma mescla de línguas e culturas impressionante, cómica até. E uma experiência única e imprescindível.

Deste encontro só vou comentar um bocadinho inho inho, até porque há sentimentos e memórias que pura e simplesmente não cabem em molde algum que lhes tentemos impôr.

Tivemos sentados nas escadas da Sé Velha, que por si só e pela sua imponência significado tradição TUDO já mexe connosco, mas de repente um grupo tão diferente e tão igual ao mesmo tempo, tinha-se fundido em música. Ele tocava, o flamenco, os blues, o jazz, aquela escola toda. Eu, envergonhado a princípio, tocava aquelas músicas só minhas e tuas, e vê só que gostaram. Toquei também uma que por enquanto é só minha, acabadinha de fazer, e que tu (naquele espanhol andaluz que eu não percebia nada) elogiaste imenso. Gostei de te ouvir (não pelo elogio, mas por tudo o resto). E já que não percebias uma palavra de português, falámos através da música.

E a chuva caíu. E tal como ontem já o tinha feito, não nos quis deixar sair, não nos deixou ir embora até se satisfazer em nós.

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