domingo, dezembro 07, 2003
Hoje...
...estive minutos infindáveis, debaixo do telhado da velha escola José Falcão, já era tarde, muito tarde mesmo, a noite já tinha caído à muito. Chovia torrencialmente, e eu consegui encontrar-me naquele sítio, naquele bocadinho que ali estive. Toquei guitarra sem parar, de repente tocava como se o instrumento fosse um prolongamento biológico de mim mesmo, a chuva aumentou (a Natureza não me queria deixar partir, afinal não é todos os dias que eu toco em exclusivo para ela), e naquele instante curei-me de toda a "ressaca" de problemas que assolaram o meu dia.
Toquei toquei toquei, porque é que só sôo tão perfeito quando mais ninguém está a ouvir, dei o "concerto" como se fosse um último acto desesperado, com toda o engenho e fúria e paixão, a noite envolveu-me doce bela escura e reconfortante, a chuva eram palmas...
No fim, o eterno silêncio, tirei os olhos das cordas, larguei por instantes o braço da guitarra e olhei para fora... a chuva foi diminuíndo diminuíndo, devagarinho devagarinho, até que só ficou o azul escuro daquelas horas.
Aí percebi que o "concerto" não era para a Natureza, ela tinha-me feito tocar para mim, e com a chuva foram as minhas inquietações, afinal a chuva lava mesmo a alma...
Levantei-me. Sorri. E fui embora.
Toquei toquei toquei, porque é que só sôo tão perfeito quando mais ninguém está a ouvir, dei o "concerto" como se fosse um último acto desesperado, com toda o engenho e fúria e paixão, a noite envolveu-me doce bela escura e reconfortante, a chuva eram palmas...
No fim, o eterno silêncio, tirei os olhos das cordas, larguei por instantes o braço da guitarra e olhei para fora... a chuva foi diminuíndo diminuíndo, devagarinho devagarinho, até que só ficou o azul escuro daquelas horas.
Aí percebi que o "concerto" não era para a Natureza, ela tinha-me feito tocar para mim, e com a chuva foram as minhas inquietações, afinal a chuva lava mesmo a alma...
Levantei-me. Sorri. E fui embora.