domingo, janeiro 25, 2004

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escrevi e re-escrevi aqui, neste espaço em branco. Não dá para escrever nada. Tento olhar para trás, mas por alguma razão nunca me senti verdadeiramente chocado com a morte de um desconhecido. Já fiquei triste, já tive pena, mas chocado, genuinamente chocado como agora, nunca. Não vou escrever nada mesmo. Tudo o que possa escrever agora, ou é inútil, ou desnecessário, ou não corresponde ao que quero escrever. E há tanta coisa que quero escrever...

Continua como uma águia, e voa até ao céu. Que o último sorriso que fizeste, exactamente antes de partires, seja a imagem que fique na cabeça das pessoas para sempre. Que te lembrem para sempre, assim.

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