quinta-feira, janeiro 15, 2004

Um post enorme

O inquérito está ali ao lado, façam favor de responder ;) Parece incrível, é quando escrevemos menos regularmente, ou com menos qualidade, que nos visitam mais, e eu fico a pensar, "bem com estes textos medíocres, com estes simples relatos de vidas comuns que não interessam a ninguém, mais ninguém cá volta e experimenta as milhentas litradas diferentes que temos para oferecer..."

Fico a pensar, "quem me dera que as pessoas entrassem aqui, vissem o meu poema "Enquanto oiço In The Living Room dos Belle Chase Hotel" e logo a seguir, flagrante, o anúncio da máquina do tempo do Moelas e, para finalizar, a verdadeira história de Camões pelo Nuno"... será que não ficariam clientes assíduos da "A Tasca"?

Epah, by the way, tenho lido muitos blogs novos e interessantes, e queria agradecer desde já àqueles que nos linkaram, nomeadamente o Sítio dos Haikais, a Tribo dos Sonhos e o A Forma do Jazz A Vir, este último mais que merece estar linkado, mas o tempo não tem dado para mais...

Ah, e já agora, a A Natureza do Mal tem novo visual, sinceramente aquilo assustou-me durante os primeiros quinze segundos, acho que intrinsecamente receava qualquer coisa que ainda não consegui definir, mas sei lá (como dizia a outra, que escreve como quem fala) acho que no fundo no fundo aquele fundo cinzento, aqueles tons, aquele tipo de letra, já actuavam como a própria escrita em si, já me faziam sentir em casa. Era como uma certeza na vida, aquela que eu chegava a casa e ia à A Natureza do Mal e ela lá estava, acho que isso me reconfortava.. bem isto já são desabafos de quem está acordado às 4h30 da manhã, e que já esteve a estudar e a beber nas cantinas amarelas... é que não consigo passar nenhum sentimento para o "papel"...

Aliás isto é frustante, ultimamente não consigo "sentir"... mas isto também são outros desabafos, ainda por cima com a parca retórica e dialética com que eu ando isto não dá(va) em nada...

À bocado em conversa com o Moelas, falámos de muita coisa. Acho que a certa altura falámos do blogzinho, e daquilo que eu referi no primeiro parágrafo deste postzito que já não é zito por ser zão. E ele disse qualquer coisa do género: "Acho estranho as pessoas andarem a linkar-nos. Será que gostam mesmo do blog? Ou é só porque os referenciamos?". E quando eu ia para lhe responder, ele remata "Bem uma coisa é certa, gostem ou não, acho que temos o nosso próprio estilo, e isso é muito bom". E afinal de contas não é isso que é importante? Mais que opiniões, mais que informações, será que não procuramos num blog uma certa maneira de estar e de ser? Tal qual como quando falamos com alguém... Pode falar-nos de tudo e mais alguma coisa, ser eloquente, ser culto, mas se a personalidade não nos cativar, há qualquer coisa que falha. Entretanto, o Moelas continuava: "É que mesmo que [infelizmente] não escrevamos grande coisa, acho que não quero nem gostava de mudar só para termos mais aceitação; isto somos nós! Quase sem tirar nem pôr!" E eu disse: "Pois pah, e acho que a "A Tasca" tem uma maneira de ser própria porque as nossas três personalidades se complementam".

E o Moelas conclui com isto, que a mim tocou-me com muita emoção: "Epah sinceramente não sei se se complementam ou não... mas o que interessa é que a "A Tasca" é um blog de amigos que se dão extremamente bem".

E isto para mim é lindo. Porque é verdade. Se não houvessem mais razões, esta seria a única e fulcral e necessária para abrir este estabelecimento. É que eu sinceramente não me via a partilhar este projecto com mais ninguém que não fossem vocês, Moelas e Nuno. E mesmo que a clientela seja um factor importante, e a minha vontade de escrever também, se fosse só por vocês eu continuava a escrever. Se fôssemos os únicos a frequentar a tasquinha, eu continuava a escrever. Com a mesma força, com o mesmo empenho, com o mesmo entusiasmo, com o mesmo sonho e com o mesmo sorriso nos lábios. Porque vocês meus amigos... são únicos.

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