quinta-feira, fevereiro 19, 2004
"Dolls"
Fui ver o "Dolls", do Takeshi Kitano e, sinceramente, não gostei nada do filme. Embora muita gente me fale tão bem do "Zatoichi" e do "Brother", eu não os vi, e se fosse só pelo "Dolls" quase que me arriscava a dizer que o Kitano é o Manoel de Oliveira de olhos em bico, no sentido pejorativo da expressão.
O filme é demasiado lento, demasiado parado, ultrapassando assim o limite da saturação. Ou seja, um ritmo que não fosse tão lento daria para reflectir sobre tudo aquilo, e não maçava. Alguns saíram a meio do filme, e alguns quando viram a rapariga a cambalear pela neve quase que desejaram que ela morresse depressa para que pudessem sair da sala.
Acredito que o filme esteja mais virado para a mentalidade oriental, e como tal mais difícil de apreciar por mim, que não tenho grande contacto com essa realidade. Aliás, admito que todo aquele ritmo fosse fielmente "plagiado" do espectáculo (cujo nome não sei) que inicia o filme, e que isso tenha sido algo brilhantemente concretizado, mas mais uma vez, faz parte de uma realidade oriental com a qual não tenho contacto e, tanto no espectáculo como no "Dolls" propriamente dito, aprecio algumas técnicas e artifícios e cenários, no entanto, da história e de como ela é tratada, não consigo gostar mesmo nada.
As personagens, tirando a rapariga que se tenta suicidar no início do filme, estão muito mal trabalhados pelos actores, inexpressivos, aborrecidos, maçadores e pesarosos. Se aquela era mesmo a intenção do filme, então parabéns. Either way, não é nada apelativo.
Depois está pejadinho de simbologia ora escandalosamente óbvia e previsível, ora totalmente abstracta e imperceptível. A(s) história(s), por outro lado, são fruto de uma criatividade nitidamente oriental, que fazem suscitar situações que, novamente, não senti como apelativas. Ainda por cima, histórias de amor, fadadas que são para serem o mais universais possível...
Grande parte do filme assimilei-o de forma mecânica, fosse quer pela incompreensão de certos símbolos, quer pela falta de apelo das cenas e situações, quer pela atitude dos actores. Não havia ainda, na minha opinião, grande coisa sobre a qual reflectir.
É um filme com pormenores interessantes, ao nível da fotografia, das paisagens e de certos artifícios técnicos e de argumento, no entanto é demasiado "pesado", não na linha de "Elephant" ou "Kids", mas sim porque se arrasta em vez de fluir.
O filme é demasiado lento, demasiado parado, ultrapassando assim o limite da saturação. Ou seja, um ritmo que não fosse tão lento daria para reflectir sobre tudo aquilo, e não maçava. Alguns saíram a meio do filme, e alguns quando viram a rapariga a cambalear pela neve quase que desejaram que ela morresse depressa para que pudessem sair da sala.
Acredito que o filme esteja mais virado para a mentalidade oriental, e como tal mais difícil de apreciar por mim, que não tenho grande contacto com essa realidade. Aliás, admito que todo aquele ritmo fosse fielmente "plagiado" do espectáculo (cujo nome não sei) que inicia o filme, e que isso tenha sido algo brilhantemente concretizado, mas mais uma vez, faz parte de uma realidade oriental com a qual não tenho contacto e, tanto no espectáculo como no "Dolls" propriamente dito, aprecio algumas técnicas e artifícios e cenários, no entanto, da história e de como ela é tratada, não consigo gostar mesmo nada.
As personagens, tirando a rapariga que se tenta suicidar no início do filme, estão muito mal trabalhados pelos actores, inexpressivos, aborrecidos, maçadores e pesarosos. Se aquela era mesmo a intenção do filme, então parabéns. Either way, não é nada apelativo.
Depois está pejadinho de simbologia ora escandalosamente óbvia e previsível, ora totalmente abstracta e imperceptível. A(s) história(s), por outro lado, são fruto de uma criatividade nitidamente oriental, que fazem suscitar situações que, novamente, não senti como apelativas. Ainda por cima, histórias de amor, fadadas que são para serem o mais universais possível...
Grande parte do filme assimilei-o de forma mecânica, fosse quer pela incompreensão de certos símbolos, quer pela falta de apelo das cenas e situações, quer pela atitude dos actores. Não havia ainda, na minha opinião, grande coisa sobre a qual reflectir.
É um filme com pormenores interessantes, ao nível da fotografia, das paisagens e de certos artifícios técnicos e de argumento, no entanto é demasiado "pesado", não na linha de "Elephant" ou "Kids", mas sim porque se arrasta em vez de fluir.