sábado, fevereiro 21, 2004

Portugal, Portugal... de que é que estás à espera?

A profecia

De tudo o que Abril abriu ainda pouco se disse: um menino que sorriu, uma porta que se abrisse, um fruto que se expandiu, um pão que se repartisse, um capitão que seguiu o que a história lhe predisse.

E, entre vinhas sobredos vales socalcos searas serras atalhos veredas lezírias e praias claras, um povo que levantava, sobre um rio de pobreza, a bandeira em que ondulava a sua própria grandeza!

De tudo o que Abril abriu ainda pouco se disse e só nos faltava agora que este Abril não se cumprisse.

Ary dos Santos

(retirado do No Arame)



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