domingo, abril 11, 2004

Um qéqilo com (des)nível

Ainda a meio da minha fastidiosa incursão pelo html e da muito mais interessante deambulação pelos pavilhões de Carandiru, dou de caras com um texto que me fez lê-lo e re-lê-lo. Não tanto pelo teor do mesmo, mas principalmente porque não consegui chegar ao fim e perceber se o texto era irónico ou se quem escreveu aquilo estava mesmo convicto do que estava a escrever.

Estive eu em jornadas e congressos sobre sexualidade, abusos sexuais e assédio sexual, e de repente descubro que afinal toda aquela gente (e eu próprio) estamos errados...

Nos mais diversos estudos sobre casos de assédio sexual, na definição deste são incluídas muitas vezes as noções de invasão do espaço físico, de contacto físico não desejado, de agressão sexual e de pressão para obter factores sexuais. Como o próprio FNV refere, o caso da "rapariga" é um "caso típico de assédio sexual". Não percebo como é que se pode reduzir este caso, a um simples "ela diz que é demais a situação e as coisas voltam ao normal": ele é chefe dela, ele não desbloqueia a subida dela na profissão, o ambiente que fica no trabalho, o trabalharem juntos, as repercussões laborais e emocionais que aquilo pode ter!

"Ponto final, a vida continua." ??

Quanto à conclusão do post, deixo aqui uma citação do referido livro "Sexo & Negócios": "SOFTWARE A APAGAR:“Cresci a acreditar que trabalho e negócios pertenciam a um ambiente exclusivamente masculino e que as mulheres não tinham lugar no mesmo.” SOFTWARE A INSTALAR:“Os homens e as mulheres a trabalharem em conjunto é hoje uma situação normal que permite o fluir duma nova energia e vitalidade."

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