sábado, maio 01, 2004
Bamos lá a repôr o níbel da tasquinha: uma história verídica
Há uns tempos atrás houve no Porto um grande festival de Drum 'n Bass, ao qual duas amigas minhas queriam assistir. As duas moçoilas, clientes assíduas aqui da tasquinha, resolveram então meter-se num comboio com rumo à Inbicta, carago. Em Coimbra existem duas estações de comboio, a Coimbra A, a principal, sendo que os comboios que partem desta estação fazem escala logo a seguir em Coimbra B, de onde por sua vez partem em direcção aos diversos destinos. Pois bem, as meninas entraram no comboio com direcção ao Porto (isto já bastante tarde, já passava largamente da meia noite) e sentaram-se. Fumadoras assíduas, já sentiam a traçazita do tabaco. E como a carruagemzita estava pejadinha de velhotes e velhotas, começaram a pensar que talvez fosse melhor mudar de carruagem. O certo é que a bebedeira era tão grande, que as duas nem repararam que tinham mudado de carruagem para uma vazia, nem tão pouco que já tinham partido para Coimbra B. O comboio partiu então de Coimbra B, e passado imenso tempo elas acharam estranho o facto de ainda não terem chegado ao Porto. Resolveram chamar o "pica" (o revisor, portanto), que prontamente as ajudou: pelos vistos, aquando da escala em Coimbra B, mudaram para uma carruagem que se separou do comboio principal com rumo ao Porto, e que ficou em Coimbra B até ao momento em que partiu em direcção ao "cu de Judas". Escusado será dizer que não chegaram a ir ver o espectáculo ao Porto. Mas ficaram a conhecer a estação da aldeola de Pontadas-de-baixo.