quinta-feira, maio 20, 2004
Encore une fois
Custa-me encarar certas pessoas de frente. Assusta-me a morte no olhar delas.
Não me interpretem mal; não me refiro à morte dos cadáveres (que essa anseio-a). É a morte do espírito, do sonho, do indivíduo, da esperança. Acontece-me sobretudo com pessoas mais velhas. Dou por mim a espreitá-las de lado, à procura de um qualquer traço entre as rugas e a aridez do semblante que sirva de certidão de óbito, que me justifique e me explique como é possível não evitar morrer assim.
(é que para morrer basta estar vivo)
Não me interpretem mal; não me refiro à morte dos cadáveres (que essa anseio-a). É a morte do espírito, do sonho, do indivíduo, da esperança. Acontece-me sobretudo com pessoas mais velhas. Dou por mim a espreitá-las de lado, à procura de um qualquer traço entre as rugas e a aridez do semblante que sirva de certidão de óbito, que me justifique e me explique como é possível não evitar morrer assim.
(é que para morrer basta estar vivo)