sexta-feira, julho 30, 2004
Notas
Há uns dias atrás, vi o Luís de relance. Com o sol a bater-lhe de frente, descia vigorosamente a rua do Penedo, com um sorriso que não mentia: ele vinha do Esquininha.
("Olha, vai ali o Luís", escapou-me.
"Quem?"
"Ninguém, esquece.")
Ainda o chamei, mas ele não me viu; aliás, não me podia ver. Porque homens como nós (pretensioso qb) não voltam ao sítio onde já foram felizes, tão-pouco olham para eles (foi o próprio mestre que mo ensinou). E eu estava no jardim, a trair a minha educação sentimental - ou então nunca houvera sido feliz lá, não sei.