quarta-feira, julho 14, 2004

Short Story - o fim

O amigo voltou ao castelo, onde explorou as catacumbas mais fundas e os lugares mais inóspitos e recônditos. Da guia, claro está.
Saíram de Angkor Vat (agora propriedade da Imperial Tertúlia das Pintas), e procuraram abrigo. Descobriram que no Cambodja há locais como Roiston Vasey, onde aborígenes locais gritam desenfreadamente, onde as expressões faciais são estranhas e não é raro encontrar galinhas cambodjianas penduras em grupos de três nas árvores, para afastar os pássaros típicos, que, dizem, são do tamanho do ego da José Castelo Branco quando fala para ela mesma em frente ao espelho. Pelo Cambodja passeiam-se muitos animais, alguns em quatro pernas, outros em duas.
Encontraram abrigo, comeram, falaram, amaram-se. Tiveram a certeza que era aquilo que queriam, naquele momento e para sempre. Teria tudo corrido bem, não fosse a progenitora da guia ter aparecido em plena troca de afectos, mas ela estava bem, ele tinha acabado de se ficar bem, correu tudo pelo melhor.
No regresso, o amigo não teve a companhia do amigo, apanhou o Expresso de Phnom Penh e seguiu pelo caminho mais longo,demorado e perigoso até chegar a casa. O que foi bom. O tempo serviu para repousar o amor sobre a saudade.

The End

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