segunda-feira, julho 05, 2004
Vai um Guronzan?
É hoje. É hoje o dia seguinte. E agora? Já não há estrangeiros, já não há futebol, já não há sonhos, já não há bandeiras, já não há gravata da sorte (felizmente), já não há blusa nacionalista da Primeira Dama (felizmente também), já não há escape - é que desta vez, nem bodes expiatórios há; o que temos é um acordar terrível. Viu-se ontem na cara do José Manuel a certeza espelhada de que já não falta muito para a maior parte do povo descobrir o que andaram a fazer nas costas dele durante o mês do futebol ("deixa-me mas é fugir depressa", pensará certamente). A vitória ontem seria pelo menos mais uma semana descansada, sem problemas no país, a saúde a educação a economia o próprio governo, tudo estaria nos conformes, este seria o país do futebol, feliz feliz.
A história de sempre. Depois da noite inebriante, o acordar ao lado da mulher gorda e de bigode.
A história de sempre. Depois da noite inebriante, o acordar ao lado da mulher gorda e de bigode.