sábado, setembro 18, 2004

Escolas

Recomendo vivamente este texto do masson. O paralelismo entre os métodos de reorganização do Sistema Educativo e o sistema industrial pós-moderno é algo que já aconteceu na história da Educação e que, como se aprende (por exemplo) numa cadeira de Ciências da Educação logo no primeiro ano do curso, não é o caminho correcto a seguir se temos em vista um evoluir positivo da Educação e das capacidades técnicas, criativas, práticas e teóricas do indivíduo, assim como do bem estar social do mesmo (factores que influenciam e são determinantes na qualidade de vida e no progresso e desenvolvimento do país).

O texto do masson dá uma ideia geral dos porquês de tal paralelismo ser nocivo e erróneo, assunto ao qual talvez voltarei mais tarde, com dados mais concretos. Mas para quem tem conhecimento do mesmo ou estuda a Educação, tal paralelismo, ainda por cima vindo do ex-Ministro da Educação, é de uma imbecilidade e de uma irresponsabilidade tão extrema que não pode causar outra coisa que não repulsa. Para quando um Ministro da Educação que seja digno de o ser?

E atenção, que a Professora Doutora Maria do Carmo Félix da Costa Seabra é doutorada em Economia...

E mais, leiam atentamente o último parágrafo do texto: "Manifestamente David Justino entende que tais conceitos são meros estereótipos comuns, sem qualquer fundamentação ou linha conceptual credível. É é pena que assim seja." Esses meros estereótipos comuns são, sem tirar nem pôr, alguns dos factores que determinam, caracterizam e diferenciam a boa escola da má escola. Não é pena que o ex-Ministro da Educação entenda assim tais conceitos: é um nojo. Um nojo.

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