sábado, setembro 11, 2004

Gacy II

Nunca gostei de palhaços. Aliás, para ser conciso, nunca percebi a piada dos circos e nunca percebi a piada dos palhaços, nem tão pouco o porquê de ser um facto adquirido que um homem gordo, feio, com alguma deficiência na fala, com maquilhagem e com atitudes anormais e espalhafatosas tem piada. Mas atenção, não uma piada qualquer, uma piada da estirpe das "piadas sagradas e/ou de referência" daquelas capazes de pseudo-situar alguém em determinado grupo, ou seja: crianças que não se rirem quando um "artista circense" faz figuras estúpidas estão de alguma forma atrasadas em relação ao processo natural de crescimento e desenvolvimento, e adultos que acharem os palhaços degradantes, ou perderam a inner-child e/ou são amargos e/ou racistas em relação à tão honrosa arte e insituição que é o circo.

John Wayne Gacy, Jr., era um cidadão exemplar, membro activo da comunidade, figura emergente na sociedade e, eventualmente, vestia-se de palhaço para as crianças do hospital local. John Wayne Gacy, Jr., é também o protagonista de um dos mais horrendos e pitorescos casos de assassínio em massa de sempre. Ao contrário do que o filme, "Gacy", faz passar, este não assassinou nem violou nenhuma das vítimas no fato de palhaço. Mas...

...quem tem medo de palhaços?...

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