sexta-feira, janeiro 28, 2005
À noite
Gosto pouco desta altura da noite em que de repente tudo faz sentido. É tão mais fácil quando estamos sozinhos e sem saber porquê, quando as músicas parolas apelam ao coração e falam de nós, e nós nem as ouvimos de tão embrenhados que estamos no nosso vazio... e sem nos apercebermos dessa situação.
...e de repente, num instante que seja, deixamos cair a guarda, juntamos as peças todas e cresce a angústia e o som apaga-se, e ficamos nós, o frio e as cigarras lá fora, companheiras de sempre em busca da benevolente abstracção.