sexta-feira, janeiro 28, 2005

O estado da "coisa" I

Quando somos pequeninos e fazemos uma asneira, somos repreendidos e, possivelmente, admoestados fisicamente por uma bofetada, uma pancadita ou, quiçà, com uma palmada na mão... o vulgarmente (re)conhecido como "tau-tau". Isso acontece porque em idades precoces não temos ainda desenvolvida a noção de limite - dos nossos e dos dos outros.

Felizmente, à medida que crescemos, e dependente ainda de uma série de factores (a permissividade quanto baste dos progenitores, a presença física dos mesmos, os traumas, entre outras condicionantes), ganhamos essa noção e, em recíproca interacção com o contexto socio-cultural em que nos inserimos, aprendemos quando é que estamos a ser correctos e quando estamos a ser incorrectos; quando devemos falar e quando devemos estar calados; quando estamos a ser acutilantes e quando estamos a ser inoportunos; quando estamos a ser reflexo da nossa pressuposta idade mental e quando estamos a ser uns mentecaptos do tamanho da minha barriga (e acreditem, nunca estive tão gordo).

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