sexta-feira, janeiro 28, 2005

O estado da "coisa" II

E é por isso que me custa imenso ver tanta gente (supostamente) adulta a cultivar pequenas quezílias irritantes e sem razão de ser. Caramba, alguém que me explique todo o ódio e arrogância que emana desta cambada de indigentes, donos e senhores de uma verdade e sensibilidade muito especiais! O Louçã foi infeliz num comentário? Paciência. O Santana abusa das metáforas? Ensinem-lhe outra figura de estilo. O Sócrates quando abre a boca não diz nada? Pior para ele. Mas é por causa disto que vamos insultar e desejar uma morte lenta e dolorosa a cada um dos intervenientes e respectiva família, só porque têm uma orientação política diferente da nossa? E se a questão fosse realmente a divergência de orientações políticas, porquê agarrarem-se a questões menores e não à discussão livre, ponderada, sensata e dialética de ideias e ideais?

É que gosto pouco destes mOralistas. Gosto mesmo pouco. Eu, que até sou católico praticante, dou catequese e vou à missa aos domingos, sei bem que isto não me dá nem tem que dar qualquer tipo de credibilidade, nem me faz portador de uma verdade absoluta que devo e tenho que impôr a qualquer um que não corra pelo mesmo trilho que eu. Mas duas coisas posso ensinar aos mOralistas e ao resto de nós: a estes últimos, que mais vale ler, olhar e prestar atenção aos mUralistas do que aos falsos profetas e estandartes glorificados das boas maneiras e dos bons costumes; aos outros, que quem nunca pecou que atire a primeira pedra (ou, numa versão menos egrégia e mais apropriada à idade mental dos mesmos: "quem nunca se enganou, mais burro ficou.").

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