sexta-feira, janeiro 28, 2005
O estado da "coisa" III
O estado da "coisa" é de tal maneira cínico e hipócrito e quezilento, que já perdeu toda a vergonha. Temos casos excepcionais, que só não devem ser confinados ao ébrio esquecimento para que fiquem bem gravados em nossa memória do quão baixo podemos descer, e do quão alto podemos responder. Estou a referir-me, por exemplo, à troca de galhardetes O Acidental VS Ricardo Araújo Pereira. RAP decide ir a um jantar de apoio ao Bloco de Esquerda. RAP tanto pode ter ido jantar porque é do Bloco de Esquerda, ou porque se tinha enganado na porta a entrar, ou porque é um agente infiltrado de outro partido, ou porque sim, ou porque não, ou porque pura e simplesmente lhe apeteceu e ninguém tem nada a ver com isso. Ninguém? Não para a brigada Acidental.
Não vou discutir nem explanar aqui o caso, por duas razões: primeiro, porque não merece importância nenhuma. E segundo, porque RAP não precisa que o defendam, pois já é bem grandinho (turum pxiii) e dá bem conta do recado. Só que é simplesmente hilariante ver o nojo que são os ataques baixos (acidentais?), que inclusivé questionam a intencionalidade de RAP ao ter um filho - e se os próprios, cheios de piada, têm a caixinha dos comentários intitulada "e nós também gerámos uma vida", chego a ter pena dos fihos que têm pais que questionam a intencionalidade de ter um filho; talvez RAP o queira comer, apesar de já não ser comunista.
Mas hilariante mesmo é ler os textos no O Acidental e as respostas do RAP. É uma diferença de qualidade de escrita tão grande... de um lado uns a tentarem ter piada e à procura de alguma razão que lhes sustente a falácia, do outro um verdadeiro texto, que coloca os pontos nos "i" de uma maneira tão acutilante que é vê-los, do outro lado, a cair baixo e a desesperadamente procurar a graçola que consiga mordiscar os calcanhares da escrita de RAP; tudo porque ELES decidem quem pode e quem não pode ter vida além-trabalho, o teor dessa vida, ou quem se deve confinar ao que ELES achem que deva ser feito por cada um de nós.
Não vou discutir nem explanar aqui o caso, por duas razões: primeiro, porque não merece importância nenhuma. E segundo, porque RAP não precisa que o defendam, pois já é bem grandinho (turum pxiii) e dá bem conta do recado. Só que é simplesmente hilariante ver o nojo que são os ataques baixos (acidentais?), que inclusivé questionam a intencionalidade de RAP ao ter um filho - e se os próprios, cheios de piada, têm a caixinha dos comentários intitulada "e nós também gerámos uma vida", chego a ter pena dos fihos que têm pais que questionam a intencionalidade de ter um filho; talvez RAP o queira comer, apesar de já não ser comunista.
Mas hilariante mesmo é ler os textos no O Acidental e as respostas do RAP. É uma diferença de qualidade de escrita tão grande... de um lado uns a tentarem ter piada e à procura de alguma razão que lhes sustente a falácia, do outro um verdadeiro texto, que coloca os pontos nos "i" de uma maneira tão acutilante que é vê-los, do outro lado, a cair baixo e a desesperadamente procurar a graçola que consiga mordiscar os calcanhares da escrita de RAP; tudo porque ELES decidem quem pode e quem não pode ter vida além-trabalho, o teor dessa vida, ou quem se deve confinar ao que ELES achem que deva ser feito por cada um de nós.
Eu não tenho nada contra nem a favor, a nível pessoal, dos bloggers do Acidental, do RAP, dos mOralistas e dos não-mOralistas. Mas começo a ficar farto de gente grande a portar-se pior que crianças. Começo a ficar farto de ler comentários e textos abusivos e irracionais, ou de os ouvir todos os dias na televisão, no café, ao meu lado. E é por isso que, meus amigos, um par de bofetadas em cada um, não fazia mal nenhum.