segunda-feira, abril 11, 2005

Carolina

A quem de direito: Carolina foi inventada nos braços do vento, é fruto de um querer, fruto do meu pensamento. Carolina é a menina que passa, singela e descalça, e faz acreditar os homens no pecado que os une, a eles e aos animais. A nós, portanto. Carolina existe nas histórias de Sade e nos pesadelos de Foucault, mas também nas fábulas de Esposito e nos sonhos de mil parvos que ainda resistem (todos os dias). Carolina sabe que sabe, e faz por não saber. Carolina não cabe no meu coração; ele já era pequenino, e depois do amor mais mirrado ficou (velha, bruta, passa nojenta que trago comigo). Carolina não existe. Restam-me as tardes mensais, entre anfitriões e comensais, no Senado (às quartas).

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