segunda-feira, setembro 17, 2007
dark(o)
(the artifact and living - michael andrews)
o desespero de um homem é tão grande e genuíno e romanticamente fatal quanto maior a sua total exiguidade perante a evidência. quando só ele ouve a música das palavras no vazio funesto da sua existência.
às vezes é desse desencanto que saem os poemas e as canções da nossa vida. às vezes. outras, sentimo-nos como os dedos da mão esquerda, cima-baixo-cima-baixo-cima-baixo no mesmo ritmo de sempre, no mesmo trilho de sempre, ainda que a outra tente emprestar o sentido que falta à harmonia. se hoje fechar os olhos te for permitido, não te esqueças de ouvir esta música.