quinta-feira, junho 05, 2008
Olá, o meu nome é Filipe Gomes e tenho um problema com o telefone.
Não é fácil para mim lidar com isto, muitas das pessoas que me telefonam, pensam que eu as despacho, que eu simplesmente não me importo com elas, mas não, o meu problema é mesmo o maldito telefone com a sua voz dissociada de um ser humano. Mas isto não é de agora, desde que me lembro que aquele objecto plantado no hall de entrada, me trazia calafrios. mal aquela campainha tocava, escondia me, era o meu instinto de sobrevivência. eu sabia que nada de bom podia vir dali. a minha mãe bem que tentava encontrar-me, mas o meu esconderijo, apesar de ser sempre o mesmo, entre o sofá e a parede, era infalível. apenas nas alturas em que ela estava ao meu lado, e me agarrava pelo colarinho, é que eu era arrastado até ao telefone. O meu pai, para piorar a situação, curiosamente nas alturas em que eu começava a perder o medo, trazia para casa um telefone novo e levava o velho para uma divisão do sotão, a qual eu apelidava "o cemitério dos telefones", imaginem porquê.
Mais tarde veio o telemóvel, a minha mãe viu aquilo como uma forma de saber sempre onde eu estava. e por isso comprou me um. só que eu tinha a ideia de que telefones, eram para estar uns ao pé dos outros, mesmo que fossem só primos, por isso mal o via
no meu quarto, recambiava-o logo para o sotão para juntos dos seus.
Hoje em dia o telemóvel, já anda de vez em quando comigo, mas, poucas são as vezes que carrego na tecla verde.
o meu sonho era um dia livrar me deste terrivel vicio, e levar uma vida normal. mas por agora vou aprendendo a lidar com ele.
Ps: enquanto escrevia este texto tive a ideia de fazer telefones em forma de pessoas, talvez isso nos ajudasse. não sei, era só uma sugestão para os senhores das grandes industrias, por exemplo lá da finlândia não sei.
Não é fácil para mim lidar com isto, muitas das pessoas que me telefonam, pensam que eu as despacho, que eu simplesmente não me importo com elas, mas não, o meu problema é mesmo o maldito telefone com a sua voz dissociada de um ser humano. Mas isto não é de agora, desde que me lembro que aquele objecto plantado no hall de entrada, me trazia calafrios. mal aquela campainha tocava, escondia me, era o meu instinto de sobrevivência. eu sabia que nada de bom podia vir dali. a minha mãe bem que tentava encontrar-me, mas o meu esconderijo, apesar de ser sempre o mesmo, entre o sofá e a parede, era infalível. apenas nas alturas em que ela estava ao meu lado, e me agarrava pelo colarinho, é que eu era arrastado até ao telefone. O meu pai, para piorar a situação, curiosamente nas alturas em que eu começava a perder o medo, trazia para casa um telefone novo e levava o velho para uma divisão do sotão, a qual eu apelidava "o cemitério dos telefones", imaginem porquê.
Mais tarde veio o telemóvel, a minha mãe viu aquilo como uma forma de saber sempre onde eu estava. e por isso comprou me um. só que eu tinha a ideia de que telefones, eram para estar uns ao pé dos outros, mesmo que fossem só primos, por isso mal o via
no meu quarto, recambiava-o logo para o sotão para juntos dos seus.
Hoje em dia o telemóvel, já anda de vez em quando comigo, mas, poucas são as vezes que carrego na tecla verde.
o meu sonho era um dia livrar me deste terrivel vicio, e levar uma vida normal. mas por agora vou aprendendo a lidar com ele.
Ps: enquanto escrevia este texto tive a ideia de fazer telefones em forma de pessoas, talvez isso nos ajudasse. não sei, era só uma sugestão para os senhores das grandes industrias, por exemplo lá da finlândia não sei.